Dilma: Sem royalties do petróleo, educação não dará salto de qualidade

Para presidenta, além de construir escolas, é preciso capacitar professores e pagar bons salários

Dilma fala a prefeitos e governadores no Palácio do Planalto (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff reiterou hoje (6) que o Brasil terá dificuldades para melhorar a educação se não investir 100% dos royalties do petróleo no setor, conforme proposta do governo.

“Destinar royalties a participações especiais para a educação é condição para o Brasil mudar de patamar”, disse a presidenta. “Vamos botar os pingos nos ‘is’. (sem os royalties) Não dá”, acrescentou.

Segundo ela, é por meio dessa estratégia que o país terá condição de romper “as amarras da qualidade” e investir em creches, alfabetização na idade certa, ensino médio integral e formação profissional adequada.

“Educação integral é caro”, disse. “Mas se a gente não a fizer, não será com terrenos, construções e equipamentos. Será, sobretudo, com salário e capacitação de professores”, destacou a presidenta, em reunião com prefeitos e governadores, no Palácio do Planalto.

Perguntada sobre a distribuição dos royalties para todos os estados da federação ou só para aqueles considerados “produtores”, motivo de disputa no Congresso Nacional, Dilma preferiu não polemizar.

“Eu vetei (a distribuição igualitária). Agora está na mão do Congresso”, disse.

O Legislativo deve votar hoje o veto da presidenta ao projeto de lei que redistribui os royalties. No final do ano passado, a presidenta vetou a redivisão dos royalties para contratos já vigentes. Dilma também determinou o investimento de 100% da renda com a exploração de petróleo para a educação.

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