Em sua primeira aparição pública sem peruca desde setembro, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, emocionou-se ao entregar o Prêmio Nacional de Direitos Humanos à anistiada política Inês Etienne Romeu. Dilma disse ter se lembrado dos colegas torturadas durante o regime militar.

“Nós sobrevivemos para presenciar e participar da construção de um novo Brasil”, disse. “Não vou me conformar com o destino de companheiros que perderam a vida e a oportunidade de viver esse momento”, disse ela com voz embargada. 

Sobrevivente do centro de tortura de Petrópolis durante o período militar, Inês foi agraciada com o prêmio concedido pelo Movimento Nacional de Direitos Humanos na categoria Direito à Memória e à Verdade. Promovido desde 1995, o prêmio está em sua 15ª edição e conta com 16 categorias.

O evento também marcou o lançamento da terceira edição do Programa Nacional de Direitos Humanos. Estruturado em seis eixos orientadores, o programa parte das diretrizes apresentadas na 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos (CNDH).

O Programa tem ainda, como alicerce de sua construção, as resoluções das Conferências Nacionais temáticas, os Planos e Programas do governo federal, os Tratados internacionais ratificado pelo Estado brasileiro e as Recomendações dos Comitês de Monitoramento de Tratados da ONU e dos Relatores especiais.

O cabelo

Apesar de o evento se dedicar a pensar os direitos humanos, o cabelo da ministra Dilma ganhou até mais destaque. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou, antes de seu discurso, o novo visual da ministra Dilma. “Vocês perceberam que a Dilma está de cabelo novo. Não é peruca, é o cabelo normal dela. Estou pedindo para ela tirar a peruca há um mês e hoje ela tirou, acho que foi em homenagem à Inês (Etienne Romeu, uma das premiadas durante a cerimônia de hoje)”, disse.

O vice-presidente José Alencar disse que o novo visual da ministra “está moderno”. “Eu já passei por isso, meu cabelo também caiu, agora está nascendo. Está bonito o cabelo dela, está moderno”.