Dilma reitera em Caracas apoio da Unasul às eleições na Venezuela

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff reforçou hoje (19), na chegada a Caracas, o apoio da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) às eleições na Venezuela, que elegeram Nicolás Maduro, no […]

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff reforçou hoje (19), na chegada a Caracas, o apoio da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) às eleições na Venezuela, que elegeram Nicolás Maduro, no domingo (14). “A Unasul reitera o compromisso com os processos democráticos, ao mesmo tempo que determina um posicionamento de apoio à estabilidade, à paz e aos processos que constituem legalmente a sustentação democrática”, disse a presidenta a jornalistas, na chegada ao hotel em Caracas, com base em nota divulgada pela entidade.

Ontem (18), uma cúpula extraordinária reuniu-se para discutir a situação no país e pediu respeito ao resultado do pleito. No encontro, que terminou na madrugada de hoje (19), o bloco também reconheceu a importância de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter decidido verificar 100% das urnas eletrônicas, atendendo a pedido da oposição no país.

A presidenta acrescentou ainda que a nota da Unasul define uma tomada positiva em relação ao Conselho Nacional Eleitoral e repudia a violência, lamenta as mortes e a situação dos feridos e também afirma que haverá uma comissão para acompanhar as investigações sobre direitos humanos.

A reunião foi convocada após os protestos e manifestações liderados pelo candidato derrotado e governador do estado de Miranda, Henrique Capriles. Após o encontro, os chefes de Estado apresentaram uma ata com cinco pontos de consenso. Além de reconhecer o CNE como órgão soberano para receber reclamações, a Unasul parabenizou o presidente eleito e disse que pretende cooperar para a solução dos problemas que possam afetar a democracia na região.

A Unasul vai designar uma missão observadora para acompanhar a investigação dos atos violentos ocorridos esta semana durante as manifestações que pediam a recontagem dos votos. O governo acusa a oposição de ser responsável pela morte de oito pessoas devido aos protestos.

A presidenta Dilma Rousseff acompanha a cerimônia de posse de Nicolás Maduro, marcada para as 13h no horário de Caracas (14h30 em Brasília).