Dilma promete transformar o ‘Mapito’ em uma região rica

Região compreendida por parte dos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins compõe a nova fronteira de desenvolvimento do país, segundo a presidenta

Em cerimônia no Piauí, Dilma reiterou proposta de investir royalties do petróleo em educação (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

São Paulo – A presidenta da República, Dilma Rousseff, afirmou hoje (18), na sua primeira agenda pública do ano, em São Julião, cidade piauiense a 380 quilômetros de Teresina, que a região conhecida por “Mapito”, que abrange parte dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, é a nova fronteira de desenvolvimento do país, a exemplo do que foi o Centro-Oeste nas últimas décadas. Segundo ela, investimentos maciços precisam ser feitos em infraestrutura, incluindo rodovias e ferrovias, para que todo o potencial seja aproveitado.

“Tenho o compromisso de expandir o crescimento da região. Eu sei que vamos atrair investimento de todas as áreas. Vamos ter de apostar em infra-estrutura de rodovia e ferrovia que [no Piauí] ainda não tinham visto”, afirmou. “Vou ter todo o empenho para que tenhamos projetos que saiam do papel e tragam emprego e renda para o Piauí.”

O anúncio foi feito durante a cerimônia oficial de assinatura de ordens de serviços para realização de obras de combate à seca no município. Dilma disse que trabalhará para transformar o Piauí em um estado rico e que os recursos do governo federal continuarão chegando.  

“Queremos garantir que depois da seca a gente possa voltar a apostar em transformar o Piauí e o seu interior em uma das regiões mais desenvolvidas do nosso país”, disse a presidenta. São Julião é um dos municípios atingidos pela maior estiagem registrada no estado nos últimos 40 anos. 

Durante a cerimônia, foram assinadas três ordens de serviço para a construção da Barragem e Adutora de Milagres, da Adutora Padre Lira e Barragem Jenipapo e do Projeto Irrigação, que devem beneficiar cerca de 144 mil pessoas da região no período de estiagem. Ao todo, o governo deve investir mais de R$ 260 milhões nesses projetos, por meio do Ministério da Integração Nacional.

Segundo Dilma, os programas Bolsa Estiagem e Garantia Safra “continuarão existindo enquanto houver seca”. Ela assinou uma medida provisória estendendo os programas para os pequenos produtores rurais atingidos pela seca, além do fornecimento de milho, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a preços subsidiados para os pequenos criadores alimentarem os animais. 

Cerca de 25 municípios piauienses com até 50 mil habitantes também receberão retroescavadeiras para a reestruturação das vias vicinais que ligam as zonas rurais às cidades. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a medida deve beneficiar mais de 76 mil moradores rurais que usam as vias para comercializar seus produtos. O governo investiu R$ 4,4 milhões na aquisição dos equipamentos.

Além disso, no município, a presidenta fez uma vistoria nas obras da barragem e da adutora de Piaus, acompanhada do governador do Piauí, Wilson Martins. A obra levará água para a casa de 25 mil piauienses de cinco municípios.

 “Por isso, quando o sistema adutor levar água de boa qualidade para os municípios, a gente comemora, mas não descansa. Vamos ter de fazer vários sistemas adutores para que essa região se desenvolva e para que o Piauí desenvolva todo o seu potencial.”

Dilma reforçou sua intenção de investir os royalties da exploração do petróleo para a educação. “Temos o petróleo que produz dinheiro. E para onde ter de ir esse dinheiro? Tem de ir para a educação, para melhorar a qualidade da educação, para garantir educação de tempo integral e garantir que quem queria fazer universidade possa fazer.”

Com informações da Agência Brasil