tentativa de golpe

Deputado de GO é alvo de ação da PF contra suspeitos de atuar em atos golpistas

O deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil) já admitiu ter financiado e participado dos atos que culminaram nos ataques a Brasília no 8 de janeiro. São cumpridos mandados de busca e apreensão em Goiânia e Piracanjuba, onde o político tem residência

Assembleia Legislativa de Goiás
Assembleia Legislativa de Goiás
O deputado Amauri Ribeiro (União Brasil) é agropecuarista e já admitiu participação nos atos

São Paulo – Operação da Polícia Federal (PF) em Goiás na manhã desta terça-feira (29) tem como alvo o deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil), suspeito de envolvimento nos atos golpistas de 8/1. São cumpridos mandados de busca e apreensão em Goiânia e Piracanjuba. O deputado de 50 anos é agropecuarista e construiu sua base eleitoral em Piracanjuba, onde foi vereador e prefeito.

Segundo o advogado de Ribeiro, Demóstenes Torres, houve apreensão do celular. “A defesa pedirá acesso aos autos que originaram a medida cautelar de busca e apreensão”, disse.

Em 6 de junho, em sessão no legislativo goiano, o político debatia com um deputado do (PT) quando afirmou ter levado comida e até ficado nos acampamentos montados em frente a quartéis de Brasília, no âmbito dos atos golpistas contra os resultados das urnas nas eleições de 2022.

“Ajudei a bancar”, admitiu deputado sobre atos golpistas

“Eu ajudei a bancar quem estava lá […]. Eu ajudei, levei comida, levei água, dei dinheiro”, disse. E em tom de ironia, completou: “Mandem me prender, eu sou um bandido, um terrorista, um canalha, na visão de vocês”.

A operação da PF ocorre na 15ª fase da Operação Lesa Pátria, que tem como objetivo identificar pessoas que incitaram, participaram e financiaram a invasão e vandalismo às sedes dos Três Poderes em Brasília em 8 de janeiro.

Segundo a Polícia Federal, “os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo”.

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Redação: Cida de Oliveira, com g1