Bolsonarismo

CPI dos atos golpistas de 8 de janeiro convocará empresários e general Heleno

Ex-ministro general Heleno será convidado sobre suposta participação em atos terroristas e antidemocráticos em Brasília contra a posse de Lula

Fábio Pozzebom e Marcelo Camargo/ABr
Fábio Pozzebom e Marcelo Camargo/ABr
A convocação de Heleno tem relevância porque, além de ser um dos principais nomes do bolsonarismo, a CPI investiga a participação ativa de militares

São Paulo – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os atos golpistas de bolsonaristas no dia 8 de janeiro avança. O grupo da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou hoje (4) o convite de 24 novos depoentes. Entre eles, destaque para o general da cúpula do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Augusto Heleno. O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) é um dos mais ativos e radicais políticos de extrema direita dentro das Forças Armadas.

A convocação de Heleno tem relevância porque, além de ser um dos principais nomes do bolsonarismo, a CPI investiga a participação ativa de militares em uma tentativa frustrada de impedir a posse do vencedor das eleições, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Tem integrantes do alto comando envolvidos. A base segue ordens”, argumenta o presidente da CPI, deputado distrital Chico Vigilante (PT).

“Não foi uma tentativa. Houve um planejamento de golpe. Vamos atrás de quem participou do financiamento de acampamentos em frente do Exército”, completou. Além de Heleno, outros nomes relevantes serão intimados a depor. Entre eles, empresários acusados de financiar as iniciativas golpistas.

“Os próximos depoimentos serão de comerciantes que financiaram os atos golpistas e antidemocráticos, a manutenção dos acampamentos. É importante chegar nos financiadores dos atos. Não teria acontecido o que aconteceu se não tivesse carro de som, trio elétrico. Dinheiro distribuído. Coronéis disseram que tinha uma verdadeira máfia naqueles acampamentos. Queremos chegar nesses financiadores”, completa o deputado.