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Contag: impeachment é ‘tentativa de golpe dos setores conservadores’

Entidade pede 'serenidade' ao Congresso e respeito ao resultado das eleições, embora reitere críticas à política econômica do governo Dilma

Antônio Cruz/ Agência Brasil

Entidade reitera críticas à política econômica e fiscal do governo, mas pede respeito ao resultado das eleições

São Paulo – Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), o processo de impeachment na comissão especial da Câmara é ilegal e ilegítimo, nem há qualquer comprovação de crime de responsabilidade por parte da presidenta Dilma Rousseff. Por isso, a entidade, por meio de seu conselho deliberativo, manifestou-se contra o impedimento, vendo nas iniciativas nesse sentido “uma clara violação da Constituição Federal, caracterizando-se como uma tentativa de golpe dos setores conservadores da classe dominante, contra a democracia brasileira”.

“A Contag solicita aos brasileiros e brasileiras, especialmente aos parlamentares do Congresso Nacional, a serenidade necessária para o momento e que respeitem o resultado das eleições de 2014 e o Estado Democrático de Direito, conforme rege a Constituição Federal, reagindo contra qualquer ameaça que possa por em risco a democracia e aprofundar a crise política e econômica no País”, diz a entidade, em nota, para a qual, além da “ilegitimidade e ilegalidade” do processo na comissão especial, são flagrantes os “atropelos” cometidos pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Neste momento é preciso que os chefes dos Poderes de Estado e a sociedade civil organizada busquem construir alternativas, para um debate político aberto e franco, para estabelecer entendimentos que assegurem a governabilidade”, afirma a Contag. “O Brasil precisa de uma agenda positiva para o desenvolvimento e crescimento econômico, que assegure os direitos sociais, a geração de emprego, a distribuição de renda e promova o bem-estar das famílias brasileiras.”

A entidade reitera críticas à política econômica e fiscal do governo Dilma, mas pede respeito ao resultado das eleições de 2014. “E reafirma sua posição de combate permanente à corrupção, de forma indistinta e igual contra todos os envolvidos que cometerem crimes que desmoralizem as instituições e firam o patrimônio público”, acrescenta.