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Congresso, governo e ONU lançam campanha por mais mulheres na política

Objetivo é aumentar em 20% o número de mulheres filiadas a partidos até o dia 4 de outubro

Valter Campanato / ABr

Ato público no Congresso reforçou luta das mulheres por paridade de gênero na representação política

Brasília – “Mulher, tome partido. Filie-se”. Esse é o lema da campanha que será lançada hoje (11) pela Coordenadoria de Direitos da Mulher e pelas Procuradorias da Mulher da Câmarae do Senado. O lançamento será às 15h, no Hall da Taquigrafia da Câmara.

A campanha conta com o apoio da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) e da Secretaria de Políticas da Mulher da Presidência da República.

O objetivo é aumentar em 20% o número de mulheres filiadas a partidos políticos até o dia 4 de outubro, prazo final de filiação para quem deseja concorrer a um cargo político nas eleições gerais de 2014.

Os organizadores da campanha também esperam ampliar em 30% a representação da bancada feminina na Câmara e no Senado no próximo ano.

Fases da campanha

A primeira fase da campanha terá inserções publicitárias em rádio e televisão de abrangência nacional. Depois do prazo de filiação, a campanha continua por meio de ações direcionadas a dirigentes partidários para que as mulheres filiadas realmente registrem candidatura. A segunda fase da campanha segue até 30 de junho do ano que vem.

De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 51,5% da população brasileira são mulheres, ou seja, mais de 97 milhões de brasileiras. Mas, nas eleições de 2010, apenas 45 mulheres foram eleitas deputadas federais, representando 8,77% das cadeiras da Casa. No Senado, foram eleitas sete mulheres das 54 vagas preenchidas no Senado naquele ano, o que representou 12,99% do total.

Pesquisa

Pesquisa de opinião pública realizada pelo Ibope e pelo Instituto Patrícia Galvão, em abril deste ano, em todo o país, com 2002 entrevistados com mais de 16 anos de idade, revelou que oito em cada dez brasileiros consideram que deveria ser obrigatória a participação paritária de mulheres e homens nas casas legislativas municipais, estaduais e federais.

Entretanto, de acordo com o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, do IBGE, se o avanço da participação feminina continuar no ritmo atual, a paridade entre os sexos nos espaços municipais demorará ainda 150 anos para ser alcançada.

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