Comissão do Senado aprova envio de parlamentares ao Paraguai para ajudar brasiguaios

Congressistas querem que o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, debata a questão com representantes do Parlasul

Agricultores brasileiros que vivem no Paraguai, os chamados brasiguaios, em plantação de trigo (Foto: Antonio Cruz/ABr)

São Paulo – Na tentativa de solucionar a crise envolvendo brasileiros radicados no Paraguai e sem-terra daquele país, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal aprovou, nesta quinta-feira (9), a formação de um grupo de cinco parlamentares que vão ao país vizinho tratar com autoridades locais a solução para o conflito envolvendo terras paraguaias.

O requerimento para a formação da comissão externa partiu do senador Sergio Souza (PT-PR) e dos senadores Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e da senadora Ana Amélia (PP-RS), que pediu urgência para a matéria. Por conta disso, o requerimento foi enviado já nesta quinta-feira ao Plenário do Senado.

O conflito começou quando 18.000 hectares de terra, pertencentes a 30 produtores brasileiros começaram a ser demarcados pelo Instituto Geográfico Militar paraguaio. Os “carperos” passaram a pressionar e a acompanhar “in loco” as demarcações, exigindo que o governo do presidente Lugo exproprie 160 mil hectares de terras ocupados por brasileiros, localizados a menos de 50 quilômetros da fronteira paraguaia com o Brasil. A estimativa é que cerca de 350 mil brasileiros vivam em território paraguaio – a maioria é de agricultores.

Parlasul

Na próxima semana, o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, deverá debater a questão dos brasiguaios, com os integrantes da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul). A audiência pública, prevista para quinta-feira (16), foi convocada a partir de requerimento do deputado Roberto Freire (PPS-PE) aprovado também nesta quinta-feira (9).

“O conflito entre brasileiros que residem no Paraguai e agricultores sem terra paraguaios vem se arrastando há bastante tempo. A situação, hoje, alcançou um estágio extremo e merece atenção especial por parte das autoridades brasileiras”, afirmou Freire.

Com infomações da Agência Senado