São Paulo – A campanha pela prefeitura de São Paulo ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (9) com a formalização do apoio do PDT à candidatura de Guilherme Boulos (Psol). O ato, no diretório municipal do PDT, teve a presença do presidente da legenda e ministro da Previdência, Carlos Lupi. Enquanto isso, o deputado psolista aguarda a finalização das costuras para confirmar Marta Suplicy como vice de chapa.

Elaborada pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a costura prevê o retorno de Marta ao PT, do qual se desfiliou em abril de 2015. Atualmente sem partido, a ex-prefeita, ministra, deputada e senadora é secretária de Relações Internacionais da própria prefeitura paulistana. O chefe do Executivo, Ricardo Nunes (MDB), vai disputar a reeleição. Além dele, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) deve entrar na briga.

Mais de 9 milhões de eleitores

Com mais de 9,3 milhões de eleitores (27% do total do estado), a cidade de São Paulo é estratégica para outros voos políticos, estaduais e federais. Os setores progressistas tentam, assim, retornar ao comando da prefeitura, que a partir de 2017 tem à frente políticos identificados com o conservadorismo (João Doria, Bruno Covas e Nunes). Antes deles, o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi prefeito de 2013 a 2016. Marta, ainda no PT, chefiou o Executivo paulistano de 2001 a 2004.

Embora já tida como nome certo na chapa de Boulos para concorrer à prefeitura, Marta ainda não confirmou oficialmente sua candidatura. Ela deve conversar antes com o atual prefeito.

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No ato de hoje, Boulos afirmou ter orgulho de receber apoio “do partido de Leonel Brizola, um dos grandes combatentes da democracia brasileira”. Segundo ele, a eleição terá como desafio derrotar o bolsonarismo, “seja com as suas candidaturas tradicionais, os mais extremistas, seja com as candidaturas de união da direita para derrotar o nosso campo”. Já Lupi vê o jovem deputado com “pinta de prefeito”.