Ataque à democracia

Bloqueios golpistas em estradas brasileiras são desarticulados

De acordo com a PRF, ainda há 20 pontos de bloqueios, com fluxo parcialmente interrompido por manifestações golpistas em diversas regiões

Valter Campanato / Arquivo ABr
Valter Campanato / Arquivo ABr
Estrada parada: Bolsonaristas e extrema direita não se conformam com resultado das urnas e defendem golpe

Brasil de Fato – A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou na tarde deste sábado (19), que quase metade dos bloqueios bolsonaristas registrados nas estradas brasileiras pela manhã foram desfeitos.

Mais cedo, a PRF havia registrado 18 localidades com fluxo totalmente interditado. Horas depois, eram 10 regiões nessa situação.

Segundo a atualização mais recente, há problemas em União da Vitória no Paraná, Sorriso, Campo Novo do Parecis, Sapezal e Sinope no Mato Grosso e Itaituba e Novo Progresso no Pará.

Ainda de acordo com o boletim da corporação, ainda há 20 pontos de fluxo parcialmente interrompido por manifestações golpistas em diversas regiões.

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Desde o resultado do segundo turno, extremistas apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) não se conformam com a derrota do candidato e promovem protestos contra a democracia brasileira.

Os grupos, que acreditam e espalham teorias conspiratórias sobre os resultados das eleições, estavam se concentrando nas proximidades de unidades militares. Após a justiça determinar o bloqueio das contas de mais de 40 empresários suspeitos de injetar dinheiro nas manifestações ilegais e antidemocráticas, uma parte desses grupos passou a ocupar estradas novamente.

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Materiais que circulam pelos canais de extrema direita na internet dizem que os bloqueios nas estradas são capitaneados por caminhoneiros. Mas uma associação que representa dezenas de milhares de trabalhadores do transporte de cargas nega qualquer ligação com os atos e diz que vai processar os empresários que financiam as manifestações.

A Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotivos (Abrava), vai cobrar uma indenização pelos danos causados à categoria. A entidade afirma que as manifestações usam funcionários de de grandes empresas do agronegócio para fechar as estradas.