Em 24 cidades, 625 mil eleitores voltarão às urnas para escolher prefeito e vice

Resultados foram anulados porque maioria dos eleitos foi barrada pela Lei da Ficha Limpa. Outros 36 municípios aguardam julgamento de processos na Justiça Eleitoral

Lei da Ficha Limpa torna os políticos inelegíveis por oito anos (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

São Paulo – No dia 3 de março, 485 mil eleitores voltam às urnas para escolher prefeitos e vice-prefeitos em dez municípios brasileiros e, em 7 de abril, outros 139 mil eleitores também votarão para escolher prefeitos e vices em outras 14 cidades do país. Os 625 mil eleitores nestes municípios representam 0,45% dos 140 milhões que compõem o eleitorado brasileiro. 

As eleições para prefeito e vice realizadas em outubro do ano passado nestas cidades foram anuladas porque os candidatos eleitos tiveram os registros de suas candidaturas rejeitados pela Justiça Eleitoral. Segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a maioria foi barrada pela Lei da Ficha Limpa.
Em todas elas, os candidatos que tiveram mais de 50% dos votos válidos e as candidaturas rejeitadas, não vão disputar os cargos nestas novas eleições porque estão impedidos. A Lei da Ficha Limpa torna inelegíveis por oito anos os candidatos que tiveram seus mandatos cassados, que renunciaram para evitar cassações de mandatos ou que foram condenados por decisão de órgãos colegiados, quando há mais de um juiz.

Novo Hamburgo (RS) é a cidade com maior número de eleitores (177,7 mil) entre os municípios que terão novas eleições e Fernão (SP) o menor, com 1.574 eleitores.

Em Guarapari (ES), 61,5 mil dos 82,3 mil eleitores foram às urnas no dia 3 deste mês para escolher prefeito e vice. O índice de abstenção na eleição suplementar do município foi de 20,7%. A cidade foi a primeira a realizar nova eleição após anulação do resultado de outubro de 2012, quando Edson Magalhães (PPS) teve 58,31% dos votos válidos.

Na eleição realizada no início de fevereiro, de acordo com informações do TSE, Orly Gomes da Silva (DEM) foi eleito para a prefeitura com 24,7 mil votos, o que corresponde a 43% dos votos válidos.

De acordo com o TSE, em outras 36 cidades do país poderão ser realizadas novas eleições por conta de rejeição de candidaturas eleitas em outubro do ano passado. Nestes municípios, correm na Justiça Eleitoral processos sobre anulação dos resultados.

Em um deles, Vacaria (RS), estava prevista nova eleição para 7 de abril, mas decisão do TSE determinou que o prefeito eleito em outubro de 2012, Eloi Poltronieri (PT), assuma o cargo. A votação suplementar foi suspensa pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio Grande do Sul.

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