Mais vexame

Queiroga faz gesto obsceno a manifestantes contrários a Bolsonaro nos EUA

Irritado, ministro apontou o dedo do meio para pessoas que chamavam Jair Bolsonaro e sua comitiva de “vermes”

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magem do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, antes de fazer gestos obscenos a manifestantes nos EUA que protestavam contra comitiva brasileira no país

São Paulo – O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que integra a comitiva do presidente Jair Bolsonaro a Nova York (EUA), perdeu a paciência nesta segunda-feira (20). Quando o veículo que ocupava se deparou com uma manifestação contrária à comitiva brasileira, o ministro reagiu mostrando o dedo do meio aos manifestantes.

A comitiva brasileira chegou no último domingo (19) à cidade norte-americana, onde Bolsonaro irá discursar na abertura da Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (21). Desde que chegou, o presidente do Brasil ocupa as páginas da imprensa internacional no espaço dedicado às notícias do tipo tabloide.

Como restaurantes da cidade não permitem refeições em ambientes internos de pessoas que não estejam vacinadas contra covid-19, Bolsonaro e sua comitiva – incluindo Queiroga – comeram pizza na calçada de um estabelecimento na noite de domingo. Depois disso, o constrangimento se repetiu no almoço de hoje, também do lado de fora de uma churrascaria. Isso porque Bolsonaro se recusa a tomar vacina.

Bolsonaro também se encontrou com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson. Na conversa, o líder britânico destacou que já tomou duas doses da vacina da AstraZeneca, produzida em parceria com a universidade de Oxford. Boris então recomendou a utilização do imunizante. Bolsonaro, no entanto, reagiu, dizendo que “ainda não” havia sido vacinado.

Veja, abaixo, vídeo gravado nesta segunda, com o ministro Queiroga reagindo aos protestos contra a comitiva brasileira, publicado pelo jornal Metrópoles:

Coleção de vexames

Para Reginaldo Nasser, professor de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com esse tipo de atitude, Bolsonaro e sua equipe ferem o que ele chamou de “estilo da diplomacia”, regras gerais de etiqueta que regem a relação entre os diplomatas.

“Além de ferir a diplomacia em geral, vai mostrando falta de credibilidade do Brasil perante o mundo. Ao mesmo tempo, esse tipo de episódio satisfaz a narrativa produzida para alimentar grupos de apoiadores radicais do presidente”, afirmou Nasser em entrevista a Marilu Cabañas, para o Jornal Brasil Atual, nesta terça-feira (21).

Assista à entrevista


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