Guerra jurídica

“Nenhuma liminar vingará”, diz Paulo Teixeira

Após concessão da terceira decisão provisória contra a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Ministério da Casa Civil, deputado diz que governo está seguro de que todas as medidas cairão

pt/divulgação

Paulo Teixeira: “Isso é estratégia daqueles que querem desestabilizar o governo”

São Paulo – A Justiça Federal em Assis, no interior paulista, concedeu na tarde de hoje (18) a terceira liminar contra a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Casa Civil. A decisão, provisória, foi do juiz Luciano Tertuliano da Silva. No despacho, ele justifica a decisão no fato de que a conversa entre Lula e Dilma, grampeada pela Lava Jato, revelaria “a arquitetura de mecanismos escusos e odiosos para interferir no resultados das investigações”.

O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) diz que o partido e o governo estão seguros de que essa e outras liminares vão ser derrubadas nos tribunais. “Vamos entrar com recurso para cassar essas liminares. Isso é estratégia daqueles que querem desestabilizar o governo, mas serão todas cassadas nos tribunais regionais. Nenhuma vingará”, diz Teixeira.

Hoje, o vice-presidente e presidente em exercício do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), desembargador Reis Fride, suspendeu liminar concedida ontem pela juíza Regina Coeli Formisano, da 6ª Vara Federal no Rio de Janeiro.  A decisão do desembargador foi proferida em pedido apresentado pela Advocacia Geral da União (AGU).

Ontem, o presidente do TRF da 1ª Região (TRF-1), Cândido Ribeiro, já havia derrubado a liminar concedida pelo juiz Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal.

Ribeiro justificou a derrubada da liminar dizendo que ela, “tomada em juízo de cognição sumaríssima, em momento de sensível clamor social, tem o condão de acarretar grave lesão à ordem e à economia públicas, visto que agrava, ainda mais a crise política, de governabilidade e de credibilidade, com inegável impacto no panorama econômico do país”.

Na decisão do TRF-2, o desembargador Reis Fride afirmou que não cabe ao Judiciário fazer considerações de caráter político. Também justificou dizendo que a liminar contra a nomeação de Lula poderia resultar em grave lesão à ordem e à economia públicas.

Leia também

Últimas notícias