São Paulo – O presidente da China, Xi Jinping, foi reconduzido neste domingo (23) a um terceiro mandato como secretário-geral do Partido Comunista, reforçando seu poder interno, com nomes de confiança no seu entorno, como Li Qiang. O anúncio foi feito no encerramento do 20º congresso. Com 69 anos, o líder chinês garantiu mais cinco anos de mandato. E já é considerado o dirigente mais poderoso no país desde o período de Mao Tsé-tung (de 1949 a 1976).

Um dos primeiros a enviar cumprimento foi o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Ele manifestou a expectativa de os dois países continuarem desenvolvendo uma “parceria total”. E ressaltou que o resultado do congresso do PC chinês – com mais de 2.300 delegados – confirma a “autoridade política” de Jinping.

Além disso, foi escolhido o novo Comitê Permanente do chamado Politburo. É o grupo que comanda o país, formado por sete integrantes. O comitê político tem agora 24 componentes (eram 25). Ontem, as autoridades já haviam anunciado a saída de Li Keqiang do cargo de primeiro-ministro (função que deverá ser de Li Qiang), além de três membros do comitê central (205 componentes).

Os resultados da economia chinesa são acompanhados com atenção no mundo – inclusive pelo Brasil, que tem no país asiático seu principal parceiro comercial. Assim, o PIB da China cresceu 4,8% no primeiro trimestre e desacelerou para 0,4% no segundo, em comparação com o ano anterior. Na primeira metade do ano, subiu 2,5%, também em relação a igual período de 2021.

Resolução do congresso afirma ainda que a China “se esforça para tornar a governança global mais justa e razoável”.