em Brasília

Presidentes do Mercosul querem acordo comercial com União Europeia

Presidentes do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Guiana e Bolívia estão reunidos em Brasília nesta sexta

Dilma cumprimenta presidenta argentina, Cristina Kirchner, na 48ª Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul

Brasília – Os presidentes do Brasil, da Argentina, do Paraguai, do Uruguai e da Venezuela estão reunidos hoje (17) na 48ª Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, em Brasília, para discutir, entre outros temas, a negociação de um acordo comercial com a União Europeia e a renovação do Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem). Também participam da reunião os presidentes da Guiana e da Bolívia, país que está em processo de incorporação ao bloco.

Antes da reunião de cúpula, a presidenta Dilma Rousseff teve um encontro bilateral com o presidente da Guiana, David Granger, e, em seguida, recebeu, no saguão do Ministério de Relações Exteriores, os presidentes da Guiana; da Bolívia, Evo Morales; do Uruguai, Tabaré Vázquez; do Paraguai, Horacio Cartes; da Argentina, Cristina Kirchner; e da Venezuela, Nicolás Maduro.

Ontem (16) os chanceleres dos países participaram da reunião do Conselho do Mercado Comum e o ministro de Relações Exteriores paraguaio, Eladio Loizaga, informou que o Mercosul vai elaborar um plano de ação para levantar quais as barreiras tarifárias e não tarifárias e que medidas afetam a competitividade dos países e prejudicam o comércio intra-bloco. Segundo Loizaga, uma das travas ao comércio são as licenças de exportação em vigência.

A realização da cúpula de chefes de Estado encerra a Presidência Pro Tempore Brasileira do Mercosul, exercida durante o primeiro semestre de 2015. A presidência passará, no segundo semestre, para o Paraguai.

Inclusão da Bolívia

Os países-membros ao Mercosul – Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela – também assinaram hoje um novo protocolo para a inclusão da Bolívia no bloco. Em 2012, Argentina, Brasil, Uruguai e Venezuela assinaram protocolo de entrada da Bolívia, quando o Paraguai estava suspenso do bloco – por causa do golpe parlamentar contra o ex-presidente Fernando Lugo.

Como os parlamentos da Argentina, do Uruguai e da Venezuela já haviam aprovado a inclusão do país no bloco, não será necessária nova ratificação. No caso do Brasil e do Paraguai, o Congresso de cada país ainda terá que aprovar a inclusão da Bolívia. Atualmente, a Bolívia é classificada como país-associado, em processo de inclusão.

A reunião de Cúpula do Mercosul, que reúne presidentes dos países-membros, termina hoje em Brasília.