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Putin pede que Obama mantenha relações, apesar da Ucrânia

Presidentes mantiveram contato por telefone na manhã desta sexta-feira, em conversa que durou mais de uma hora, mas sem acordo sobre situação da Crimeia

© EFE/Alexey Nikolsky / Ria Novosti

Vladimir Putin, em evento público na Rússia: anexar a Crimeia ainda pode provocar crise mundial

Brasília – Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin, mantiveram hoje (7) conversa telefônica durante cerca de uma hora sobre a situação na Ucrânia. A conversa ocorreu horas depois de os EUA terem começado a impor sanções a dirigentes russos. As informações são da agência Lusa.

Em nota, o Kremlin informou que Putin disse a Obama que as relações entre os dois países não deveriam ser prejudicadas pelos desacordos sobre a Ucrânia. O presidente da Rússia destacou a importância das relações entre os dois países para garantir a estabilidade e segurança no mundo. Essas relações não devem ser prejudicadas por desacordos sobre problemas internacionais – mesmo que extremamente importantes –, acrescentaram os serviços da Presidência russa.

Também em nota, a Casa Branca informou que “o presidente Obama disse que as ações da Rússia eram uma violação à soberania e integridade territorial da Ucrânia”, que provocaram várias “ações de resposta” dos Estados Unidos, “em coordenação com os parceiros europeus”.

Mais tarde cerca de 65 mil pessoas, segundo o Ministério do Interior da Rússia, foram ao centro de Moscou para apoiar a iniciativa do Parlamento regional da república autônoma ucraniana da Crimeia de se incorporar à Rússia, segundo informou a agência Efe.

No grande comício, ao lado do Kremlin,e os presentes portam bandeiras russas e cartazes com frases como: “Acreditamos em Putin” e “Crimeia é russa”. A concentração reúne membros de organizações civis, militares e partidos políticos como o Rússia Unida, legenda de Vladimir Putin.