Orçamento português supera primeiro trâmite na Câmara ante protesto popular

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Mario Cruz/efe

Manifestantes se reuniram na Assembleia Geral da República enquanto deputados debatiam texto

Lisboa – Milhares de pessoas convocadas pelo principal sindicato de Portugal, Comissão Geral de Trabalhadores Portugueses (CGTP, com mais de 600 mil filiados), se reuniram hoje (1) contra o Parlamento do país para mostrar sua rejeição ao orçamento para 2014, que foi submetido à votação nesta sexta-feira na Câmara.

Os votos da coalizão conservadora no governo português, que conta com maioria absoluta na Câmara, permitiram que seu orçamento para 2014 tenha superado a primeira votação parlamentar, apesar da rejeição em bloco da oposição.

O documento, que traz novos cortes do gasto público e mantém a pressão fiscal elevada para o próximo exercício, foi defendido pelo governo como a melhor via para fechar com sucesso o programa de ajustes estipulado com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) como contrapartida para seu resgate financeiro.

O texto criou fortes críticas entre as forças de esquerda e também entre patronal e sindicatos, e de fato, hoje mesmo milhares de pessoas se concentraram em frente ao Parlamento em Lisboa convocados pela central CGTP para expressar seu desacordo com um orçamento que consideram “empobrecedor” para o país.

Os manifestantes percorreram a rua São Bento e se reuniram junto à Assembleia Geral da República enquanto os deputados, no interior do prédio, debatiam o texto apresentado pelo governo pelo segundo dia consecutivo.

Aposentados, membros da Federação Nacional de Professores, estivadores e outros representantes sindicais da CGTP fizeram parte do protesto, durante o qual censuraram as medidas de austeridade aplicadas pelo governo a pedido da troika.

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