No México, desaprovação do presidente Felipe Calderón bate recorde

A má avaliação do governo Calderón prejudica o desempenho de sua candidata nas eleições de julho (Foto: Presidência México) São Paulo – O presidente mexicano, Felipe Calderón, do Partido da […]

A má avaliação do governo Calderón prejudica o desempenho de sua candidata nas eleições de julho (Foto: Presidência México)

São Paulo – O presidente mexicano, Felipe Calderón, do Partido da Ação Nacional  (PAN), viu sua aprovação cair nos últimos meses, atingindo a marca mais baixa desde que assumiu a presidência, em 2006. A menos de um mês das eleições, os números podem prejudicar a candidatura da indicada governista Josefina Vázquez Mota, que se mantém na terceira posição nas pesquisas. Apenas 48% da população considera positiva a gestão do mandatário mexicano, uma queda de dez pontos em relação ao mês de fevereiro. Na outra ponta, o nível de reprovação aumentou 11 pontos no mesmo período, com 41% dos entrevistados reprovando o mandato de Calderón.

56% dos mexicanos entrevistados afirmam que o rumo dado à gestão do governo deve ser mudado. A pesquisa, encomendada pelo jornal El Universal ao instituto de estatísticas Buendía&Laredo, leva em consideração a influência que as campanhas eleitorais têm na avaliação dos eleitores a respeito do atual presidente.

Em parte, essa maior reprovação é fruto da elevada insatisfação popular com a chamada “Guerra contra as Drogas”, controvertida estratégia de combate ao narcotráfico que acabou por aumentar a incidência de homicídios no país e que foi reforçada por Felipe Calderón. Para 59% dos entrevistados, o próximo presidente do país deverá mudar as estratégias de combate às drogas. Ainda sobre a violência associado ao narcotráfico, os resultados mostram uma ligeira diminuição sobre o avanço da violência no país, se comparada à última pesquisa. 64% dos  entrevistados defendem que a violência relacionadas aos cartéis de droga tem aumentado, enquanto em fevereiro o número era de 69%.

A pesquisa afirma que a aprovação do governo Calderón está afetada pelos votos contrário a seu partido, o PAN, “evidenciando uma partidarização da aprovação presidencial”. “De agora até 1º de julho, observaremos uma forte correlação entre a intenção de voto e a indentificação partidária com a aprovação do mandatários, resultando em um ‘efeito campanha’ que poderá beneficiar ou prejudicar Felipe Calderón, que, em grande parte, dependerá do desempenho da candidato governista, Vázquez Mota, nas últimas semanas da campanha”, considerou o instituto responsável pela pesquisa.