Oriente Médio

Lula apela por cessar-fogo em defesa das crianças israelenses e palestinas

Lula instou o Hamas a libertar crianças israelenses sequestradas e cobrou Israel para cessar o bombardeio à Faixa de Gaza que vem vitimando principalmente mulheres e crianças

Ricardo Stuckert / PR
Ricardo Stuckert / PR
Ao zerar débitos, Brasil reforça sua capacidade de atuação internacional e seu compromisso com a organização e com o multilateralismo

São Paulo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apelou por um cessar-fogo em defesa das crianças palestinas e israelenses. Em recado ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e a toda comunidade internacional, Lula pede o emprego de todos os esforços para “pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio“.

“Crianças jamais poderiam ser feitas de reféns, não importa em que lugar do mundo”, afirmou o presidente, pelas redes sociais, nesta quarta-feira (11). “É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito”.

Ao propor o cessar-fogo, Lula afirmou que “é preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra”. Nesse sentido, disse também que é urgente uma “intervenção internacional humanitária” para parar as agressões.

“O Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito. E continuará trabalhando pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo”.

Crise humanitária

De acordo com o colunista Jamil Chade, do UOL, o secretário-geral da ONU ligou para o representante do Brasil na organização dizendo que apreciou a iniciativa de Lula. O Brasil deve convocar em breve uma nova reunião do Conselho de Segurança para buscar uma solução para o conflito. Na ocasião, Guterrez deve detalhar a situação humanitária na região.

De acordo com o Ministério da Saúde da Palestina, quase 60% dos feridos na Faixa de Gaza são mulheres e crianças, em anúncio publicado na manhã desta quarta-feira (11). Até este momento, foram contabilizados 1.055 morte e 5.184 feridos entre os palestinos. Em Israel, são pelo menos 1.200 mortes e 2.700 feridos.