Jornalista brasileiro desaparecido na Líbia é localizado, e Dilma pede providências

São Paulo – A diretora executiva do jornal O Estado de S. Paulo, Luciana Constantino, confirmou que o jornalista Andrei Netto, de 34 anos, foi localizado depois de uma semana […]

São Paulo – A diretora executiva do jornal O Estado de S. Paulo, Luciana Constantino, confirmou que o jornalista Andrei Netto, de 34 anos, foi localizado depois de uma semana sem conseguir manter contato. O embaixador do Brasil na Líbia, George Ney de Souza Fernandes, informou à direção do jornal que Netto está preso em uma penitenciária a 20 quilômetros da capital líbia, Trípoli.

A presidenta Dilma Rousseff pediu providências urgentes ao ministro interino das Relações Exteriores, embaixador Ruy Nogueira, para garantir a integridade física e a libertação do repórter. De acordo com nota divulgada nesta quinta-feira (10) pela Presidência da República, Dilma está acompanhando a situação do jornalista.

O embaixador da Líbia no Brasil, Salem Ezubedi, informou também nesta quinta ao presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Paulo Paim (PT-RS), que Andrei Netto pode ser libertado a qualquer momento. Paim e Ezubedi conversaram por telefone.

“O embaixador me disse que as autoridades líbias estão adotando todos os procedimentos para que o jornalista seja libertado de imediato, se possível ainda hoje“, disse Paim. O senador acrescentou que o diplomata líbio argumentou que Netto foi detido “por falta de documentos”.

Para o senador, dificilmente o governo líbio apresentará justificativas que sustentem a prisão de Netto no país. “Argumento algum convence a comissão”, disse Paim. Outra moção aprovada foi de apoio ao jornal e à família do repórter.

O repórter fazia a cobertura na área de Zawiya – uma das regiões onde os conflitos são mais intensos. A pedido da direção do jornal, o Ministério das Relações Exteriores e a Embaixada do Brasil passaram a atuar na localização de Netto..

Segundo Luciana, os esforços agora do embaixador e do jornal são para tentar intermediar a libertação de Netto e retirá-lo da Líbia.

Outro caso envolvendo jornalistas ocorreu com empregados da rede britânica de notícias BBC. Segundo a empresa, três jornalistas foram presos e torturados por forças leais ao presidente da Líbia, Muammar Khadafi, quando tentavam entrar em Zawiya. Segundo a BBC, os três profissionais foram encapuzados, algemados e agredidos por integrantes do Exército líbio e da polícia secreta.

Os profissionais também foram ameaçados de morte e submetidos a torturas que os faziam crer que seriam executados.No começo do mês passado, os jornalistas Corban Costa, da Rádio Nacional, e Gilvan Alves, da TV Brasil, foram presos, tiveram os olhos vendados e os equipamentos e documentos apreendidos no Egito, enquanto estavam no país para a cobertura da crise causada pela pressão para a saída do então presidente Hosni Mubarak. Os profissionais foram libertados e enviados de volta ao Brasil.

Com informações da Agência Brasil

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