crimes de guerra

Israel mata mais de 100 em Rafah, resgata dois reféns e preocupa Tribunal Penal Internacional

O procurador Karim Khan manifestou profunda preocupação com uma potencial operação do exército de Israel em Rafah, onde estão 1,5 milhão de palestinos. No final de semana, pelo menos 112 foram mortos

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Campo de refugiados bombardeado pelo exército israelense

São Paulo – O procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, manifestou nesta segunda-feira (12) profunda preocupação com uma potencial operação do exército de Israel em Rafah, sul da Faixa de Gaza. Usando sua página na rede social X, antigo Twitter, ele advertiu que “aqueles que violam a lei serão responsabilizados”. “Estou profundamente preocupado com os relatos de bombardeios e de uma potencial incursão terrestre das forças israelenses em Rafah”, escreveu.

Khan lembrou que o gabinete que coordena “tem em curso uma investigação ativa sobre a situação no Estado da Palestina”, que está para ser “levada adiante com a máxima urgência”, com o objetivo de “levar a tribunal os responsáveis pelos crimes previstos no Estatuto de Roma” – que estabeleceu o TPI, com jurisdição para processar indivíduos que cometem genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

O procurador ainda considerou que, apesar das advertências, Israel não mudou o rumo na resposta aos atentados do movimento Hamas de 7 de outubro passado. “Todas as guerras têm regras e as leis aplicáveis aos conflitos armados não podem ser interpretadas de modo a torná-las vazias ou desprovidas de significado. Esta tem sido a minha mensagem constante, inclusive a partir de Ramallah [Cisjordânia], no ano passado. Desde essa altura, não vi qualquer mudança percetível na conduta de Israel”, acrescentou o responsável.

Neste final de semana, o exército israelense fez incursões em Rafah, Segundo informações do Ministério da Saúde do Hamas deste domingo, foram 112 mortos. Ali estão abrigadas 1,5 milhão de pessoas.

Na semana passada Israel recusou um cessar-fogo proposto pelo Hamas. O plano do grupo, de quatro meses e meio, incluía três fases e era uma resposta a uma proposta elaborada pelos enviados do Catar e do Egito, que fazem a mediação com as autoridades israelenses.

Os Estados Unidos continuam a se opor a uma operação militar israelense em grande escala em Rafah, sem ação para proteger os civis, disse Miller. “Sem um projeto neste sentido que seja confiável, e que eles (Israel) sejam capazes de realizar, não apoiamos uma operação militar em grande escala” em Rafah, disse.

A Federação Palestina Árabe do Brasil (Fepal) criticou os ataques em Rafah, que chamou de “solução final”, referindo-se à estratégia nazista para exterminar os judeus na Segunda Guerra. Confira:

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Redação: Cida de Oliveira, com agências


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