França anuncia corte de 30% nos salários de Hollande e de seus 34 ministros

Apesar de reconhecer que a economia não é substancial para o país, Francois Hollande quis dar o exemplo

São Paulo –  A primeira medida econômica do presidente francês, François Hollande, foi anunciada hoje (17), em reunião do governo, após a posse dos ministros: o corte de 30% dos salários dos membros do governo. Serão 17 homens e 17 mulheres do primeiro escalão, que passarão a receber 9.940 euros. Hollande e o primeiro ministro, Jean-Marc Ayrault, receberão14.910 euros por mês. As verbas dos ministérios serão diminuídas em 10%, assim como o número de funcionários das pastas.

Dois dias depois de empossado, Hollande preocupou-se em cumprir suas promessas de campanha. Quando discursou durante a campanha, em novembro do ano passado, disse: “Se eu for eleito presidente da República, se eu formar um governo, não haverá um congelamento, mas uma redução de 30% dos salários do presidente e dos ministros. Não digo que isso irá representar uma economia substancial. Digo que no momento é preciso mostrar que o comportamento do topo do governo é exemplar”.

Também foi assinado um código de conduta dos políticos que evita conflitos de interesses e obriga os ministros a renunciarem aos cargos executivos que ocupavam antes de tomarem posse. O ministro dos Negócios Estrangeiros da França, Laurent Fabius, disse que o objetivo do governo Hollande é fazer “uma Europa diferente”. Segundo ele, as prioridades envolvem a contenção da crise econômica internacional e a geração de emprego.

“A prioridade é libertar a Europa da crise econômica e, ao mesmo tempo, progredir em relação a questões essenciais, como a do emprego”, disse Fabius, que foi primeiro-ministro entre 1983 e 1986, no governo do socialista François Mitterrand. “Sou profundamente europeu, mas precisamos de uma Europa diferente, uma Europa muito mais focada no emprego”, disse.

 

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