Ex-vice de Chávez, Elías Jaua é o novo chanceler da Venezuela em lugar de Maduro

Governo prestou contas na Assembleia; Jaua foi vice de Chávez em último mandato

São Paulo – Em ato na Assembleia Nacional venezuelana, o  vice-presidente, Nicolás Maduro, anunciou que não acumula mais o cargo de chanceler com a chefia suplente do Poder Executivo. Ontem (15) ele nomeu Elías Jaua como novo ministro de Relações Exteriores, que também ocupará o posto de vice-presidente político do governo. Segundo Maduro, a medida foi uma determinação do presidente Hugo Chávez, que está em Cuba se recuperando de uma operação realizada em 11 de dezembro contra um câncer na região pélvica. 

Em seu discurso de posse, Jaua, derrotado na última eleição para governador pelo oposicionista Enrique Capriles no Estado de Miranda no último mês de dezembro, afirmou que sua tarefa principal será a de garantir a estabilidade política e a unidade da Venezuela. “Assumo esse cargo assim como fiz com todas as tarefas revolucionárias que cumprimos para o nosso povo e o comandante (Chávez), com consciência e honestidade”.

Um dos principais aliados de Chávez, Jaua ocupava o cargo de vice-presidente até a última eleição presidencial, realizada em outubro. Em dezembro, após uma acirrada disputa, ele foi derrotado na eleição para governador no Estado de Miranda, um dos feudos da oposição.

O vencedor do pleito, Enrique Capriles, havia sido derrotado por Chávez há dopis meses na eleição presidencial. Miranda é o principal feudo político da oposição, representada pela aliança MUD (Mesa da Unidade Democrática), que só venceu em três dos 23 Estados.

Maduro participou, ao lado dos demais ministros e integrantes da alta cúpula do Poder Executivo venezuelano, de um ato na Assembleia Nacional, onde realizou a prestação de Memória e Contas da gestão governamental de 2012 para o Legislativo.

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) determinou, segundo o artigo 231 da Constituição Bolivariana, que na ausência do presidente, o vice e os ministros têm plenas condições de prestar as contas do Executivo.

Maduro afirmou que, na ausência de Chávez, os membros do governo estão cumprindo a Constituição “à risca” e atuando diretamente sob as ordens de Chávez.