Cristina e Mujica querem retorno do Paraguai ao Mercosul

Com eleição de Horacio Cartes, neste domingo, vizinho sul-americano retoma normalidade democrática

São Paulo – Com o anúncio da vitória de Horacio Cartes na eleição presidencial do Paraguai neste domingo (21), os presidentes José Pepe Mujica (Uruguai) e Cristina Kirchner (Argentina) indicaram que desejam a volta do país ao Mercosul e à Unasul.

Segundo os dirigentes, o Paraguai demonstrou ter respeitado as instituições democráticas durante as eleições, o que dá respaldo à volta paraguaia aos blocos sul-americanos.

Por telefone, a presidente argentina, Cristina Kirchner, felicitou Cartes pelo resultado e reiterou que o desejo de ter o Paraguai de volta. “Seu lugar é no Mercosul junto a todos nós como sempre. (…) Democracia e Mercosul: A melhor fórmula. De novo estamos completos na América do Sul. Isto é necessário”, afirmou a presidente argentina.

Segundo informações da Agência Efe, Cristina revelou que Cartes lhe expressou “palavras cálidas de agradecimento à Argentina pelos laços históricos de amizade” e pela “tradicional hospitalidade ao povo paraguaio”.

O presidente eleito, por sua vez, respondeu a Kirchner em sua conta na rede social Twitter. “Muitas bênçãos, presidenta, e mais uma vez, obrigado. Espero que venha em breve ao nosso país”, disse Cartes.

Mujica também enviou felicitações para Cartes. Na conversa, o presidente disse que para o Uruguai é “muito importante que as eleições tenham ocorrido com normalidade e que o país tenha vivido a democracia na sua plenitude”. No diálogo, Mujica convidou Cartes a participar da próxima Cúpula do Mercosul, em junho.

Por intermédio do Ministério das Relações Exteriores, o governo colombiano também enviou mensagem a Cartes.

“A Colômbia ratifica seu interesse em seguir fortalecendo as históricas relações de amizade e cooperação com o Paraguai e confia que as eleições tenham sido um elemento essencial da democracia, contribuindo para a plena normalização institucional e a pronta reincorporação do país na comunidade sul-americana”.

As eleições foram realizadas no momento em que o Paraguai está suspenso do Mercosul e da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), pois os líderes dos dois blocos discordaram da forma como foi conduzido o processo de impeachment do então presidente Fernando Lugo, em 2012.