Crise

Bolívia pede à Interpol uma ordem de prisão internacional contra Roger Pinto

Segundo a promotoria boliviana, quando uma 'notificação vermelha' é emitida, todos os países devem localizar a pessoa procurada para uma posterior prisão preventiva e extradição

São Paulo – A Procuradoria Geral da Bolívia anunciou nesta hoje (29) que solicitou à Interpol a emissão de uma “notificação vermelha” para a prisão do senador Roger Pinto Molina, que fugiu para o Brasil na semana passada, com a ajuda de um diplomata brasileiro, após mais de um ano e meio refugiado na embaixada do país em La Paz. O procurador-geral interino, Roberto Ramírez, explicou que a solicitação foi enviada após uma “avaliação de todos os processos e mandados de prisão contra o senador Roger Pinto”, segundo um comunicado do Ministério Público.

Ramírez lembrou que existem três ordens de prisão contra Roger Pinto como parte de alguns dos processos abertos pela justiça local por casos de corrupção. “Esta pessoa (Pinto) tem que responder aos processos de corrupção, por isso são ativados estes mecanismos internacionais para que se tornem efetivas as ordens de prisão, este é o trâmite que se segue sempre que uma pessoa se declara rebelde”, disse Ramírez.

Leia também:

Segundo a promotoria boliviana, quando uma “notificação vermelha” é emitida contra uma pessoa, isso significa que foi enviada uma solicitação para todos os países para que o identifiquem e localizem para uma posterior prisão preventiva e extradição. O senador se refugiou na embaixada brasileira no dia 28 de maio de 2012, quando pediu asilo político ao Brasil com o argumento de que estava sofrendo perseguição política, o que as autoridades bolivianas negaram.

As autoridades bolivianas acusam Roger Pinto de corrupção em vários processos, o que o político sempre rejeitou. A promotoria lembrou que o senador foi condenado a um ano de prisão por um tribunal boliviano que o declarou culpado de danos econômicos ao Estado estimados em US$ 1,7 milhões. Os presidentes Evo Morales e Dilma Rousseff se reunirão amanhã no Suriname, onde vão participar da Cúpula da União de Nações Sul-americanas (Unasul), para buscar uma solução para a crise do caso Roger Pinto.

Leia também

Últimas notícias