guerra na Europa

Putin discute situação na Ucrânia com chanceler alemão. Imprensa russa diz que Zelensky fugiu para a Polônia

Governo da Rússia diz que os países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estão enviando terroristas para lutar na Ucrânia

Sputnik
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Invasão russa e guerra na Ucrânia chegou nesta sexta-feira a seu nono dia

São Paulo – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, conversaram hoje (4) por telefone sobre a situação na Ucrânia. A informação foi divulgada pelo Kremlin. O líder russo destaca ter informações de que há cada vez mais a presença de mercenários de outros países participando do conflito. Nesta sexta-feira (4), a imprensa russa divulgou que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, teria fugido para a Polônia. 

A nota – não confirmada – foi divulgada pelo deputado Vyacheslav Volodin, presidente da Duma, a “câmara baixa” do Legislativo da Rússia, em seu canal no Telegram. Posteriormente, a RIA Novosti, agência de notícias ligada ao Kremlin, reproduziu a postagem.

“Zelensky deixou a Ucrânia. Os deputados da Verkhovna Rada (o Parlamento ucraniano) disseram que não poderiam alcançá-lo em Lviv. Agora ele está na Polônia”, escreveu Volodin. O Parlamento da Ucrânia nega.

Sobre o diálogo de Putin com Scholz, “enfatizou-se que o principal perigo vem de unidades militares neonazistas, que cometem vários crimes de guerra, usando métodos terroristas”, disseram os russos.

Terroristas e mercenários?

O governo da Rússia diz que o Serviço de Inteligência do país tem informações de que os países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estão enviando terroristas para lutar na Ucrânia. A Polônia teria se transformado em um “polo logístico” para o fornecimento à Ucrânia de armas e soldados que seriam recrutados em países do Oriente Médio.

Os russos trabalham com a informação de que terroristas foram treinados na base de Al-Tanf, na Síria, controlada pelos Estados Unidos, estão preparados para atacar Donbass.

Zona de exclusão aérea

Segundo o site RT, membros da Otan discutiram os “apelos” da Ucrânia para estabelecer uma “zona de exclusão aérea” sobre o país. No entanto, a aliança atlântica não estaria disposta a se envolver diretamente no confronto militar, segundo o secretário-geral Jens Stoltenberg nesta sexta.

“A OTAN é uma aliança de defesa. Nossa tarefa principal é manter nossas 30 nações seguras. Não fazemos parte deste conflito. E temos a responsabilidade de garantir que não aumente e se espalhe além da Ucrânia. A OTAN não está buscando uma guerra com a Rússia”, disse ele.

Por outro lado, as provocações ocidentais continuam. Stoltenberg afirmou que a Otan intensificou as consultas com os não-membros Suécia e Finlândia, que agora estão participando de todos os eventos da aliança. Ele acrescentou que a organização também aumentou o apoio à Geórgia e Bósnia Herzegovina.

Por sua vez, na América Latina, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, reafirmou a posição de três dias atrás, de que seu país não aplicará sanções unilaterais à Rússia. “Nós não enviamos armas para nenhum lado, somos pacifistas”, disse o mandatário mexicano. Ele se ofereceu a oferecer proteção aos mexicanos na Rússia.