Problemas de comunicação em Barueri

Prefeito Gil e secretário João Amâncio não se entendem

Prefeito Gil Arantes (Foto de divulgação)

No último dia 9, o prefeito Gil Arantes (DEM) foi recebido pelos vereadores de Barueri e entregou ao presidente da Câmara, Chico Vilela (PTB), o plano de metas de sua gestão (2013-2016). Às 10 h, o prefeito subiu ao plenário e se pronunciou sobre a agenda de seus primeiros três meses de governo, citando as conquistas e os percalços da pouco recente transição governamental. Depois, concedeu uma coletiva de imprensa em que acentuou que sua meta mais importante é a resolução dos problemas na saúde.

Abordado sobre o não cumprimento do compromisso firmado por seu secretário de transportes, João Amâncio, que, em fevereiro, em diálogo com o Movimento Social Contra Abusos (MOSCA), garantiu que “até 30 de março o bilhete único começaria a funcionar na cidade”, respondeu: “Acho que essa interpretação do MOSCA não é correta. Até porque o secretário deve ter dito que havia um estudo para uma implantação do bilhete de integração, que nós vamos fazer”. O prefeito se pronunciava como se a promessa não existisse até ser informado que a conversa fora registrada em vídeo e publicada, na semana anterior, pelo Jornal Brasil Atual. Então, ele afirmou: “Aí, você tem de perguntar a ele”. Houve, portanto, falha na comunicação: o prefeito não sabia do compromisso do secretário com um movimento social e abriu uma fresta de descrédito entre os cidadãos mobilizados por qualidade num serviço essencial para a população.

Além disso, Gil Arantes informou que entre a empresa de ônibus, a secretaria e a prefeitura existe um estudo para que a integração da passagem, com previsão de implantação de forma gradativa – e não na cidade toda –, em maio. Ele disse ainda que antes do início do processo avisaria a imprensa, citando também que adaptações para transportes alternativos – como a construção de ciclovias – “estão em desenvolvimento sem um prazo definido, devido a tratativa de prioridades públicas dos primeiros meses de governo”.