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Clubes sul-americanos pressionam e ameaçam rompimento com Conmebol

Dirigentes dos principais clubes do continente querem maior protagonismo e mais transparência no repasse dos recursos oriundos da venda dos direitos de transmissão

erviço Noticioso/Futura Press

Modernização: Dirigentes cobraram maior transparência e gestão eficiente para o futebol da América do Sul

São Paulo – Dirigentes de cerca de  40 clubes de futebol da América do Sul se reuniram ontem (31), no estádio do Morumbi, em São Paulo, para discutir a organização da recém-criada Liga Sul-Americana de Clubes e criticaram a falta de transparência da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).

Em meio à crise que assola a entidade, envolvida em casos de corrupção e sendo fortemente questionada com relação aos repasses refentes aos direitos de transmissão da Copa Libertadores, os clubes buscam se unir para que, juntos, possam ter maior poder de interferência nos destinos do futebol no continente. Em último instância, caso não tenham suas demandas atendidas, os clubes vislumbram a criação de ligas e campeonatos autônomos, desvinculados da Conmebol.

Para o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, é o momento dos clubes exercitarem maior protagonismo. “Será inevitável que a Conmebol se renda aos maiores clubes da América do Sul. O que a gente quer é transparência”. Ele lembrou que, frente à reclamação do Corinthians e da ameaça de não disputar a Libertadores, os valores repassados ao clube foram dobrados, mas afirmou que, sem transparência, não é possível saber se esse valor é mais adequado.

“Estamos querendo exatamente constituir um organismo que seja capaz de virar referência de transparência, de lisura, de boa gestão, de modernização do futebol”, disse o presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.

Os dirigentes pressionam para que a confederação divulgue dados relativos aos custos de gestão dos torneios e o total arrecadado com a venda dos direitos para a televisão, e que os clubes fiquem com fatia maior desses bolo.

Já o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo, evitou conjecturar sobre a criação de um novo campeonato. “A gente quer formalizar neste momento a Liga, em seguida, lutaremos por mais transparência e melhor distribuição das cotas de TV”.

Essa foi a terceira vez que os dirigentes sul-americanos se encontram para tratar das dificuldades de gestão do futebol no momento

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