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Há ideologização da política externa brasileira?

A pergunta dá título a artigo escrito por pesquisadores do Projeto IESP nas Eleições. Diplomacia e atuação do BNDES nos últimos anos tornou-se tema polêmico na campanha eleitoral de 2018

Fernando Stankuns/EBC

Política praticada pelo Itamaraty na última década tem sido um dos assuntos mais discutido nas redes sociais

São Paulo — “Historicamente, temas de política externa não costumam ser objeto de atenção privilegiada nos debates eleitorais no Brasil. Entretanto, apesar de eleições anteriores já registrarem essa tendência, as eleições presidenciais de 2018 estão sendo marcadas pela recorrência de declarações de candidatos de que a política externa brasileira teve suas prioridades definidas por critérios ideológicos nos últimos anos. 

De modo geral, essas declarações costumam estar associadas ao argumento de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) enviou dinheiro e financiou empreendimentos no exterior, exclusivamente por critérios ideológicos. De acordo com esse argumento, a política externa ideologizada fez com que o BNDES priorizasse, como destino de suas linhas de financiamento para exportação, países com governos ideologicamente alinhados ao governo federal brasileiro. Igualmente, alega-se que as operações do Banco são realizadas por meio de contratos secretos e que a maioria desses parceiros no exterior não somente recebem condições de financiamentos favoráveis àquelas cobradas no Brasil, como também teriam dado calote no estado brasileiro e teriam suas dívidas perdoadas.” 

Os dois primeiros parágrafos acima são do artigo escrito por Hugo Bras Martins da Costa e Murilo Gomes da Costa, ambos doutorandos e pesquisadores do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (IESP-UERJ) e do Laboratório de Análise Política Mundial (Labmundo). 

Sob o título “Há Ideologização da Política Externa Brasileira?”, os autores analisam em detalhes a atuação do governo federal nas últimas décadas. O artigo faz parte do Projeto IESP nas Eleições, que tem como objetivo oferecer uma plataforma de produção de análises e de dados sobre o pleito eleitoral de 2018. 

Ao final de uma criteriosa análise, Hugo e Murilo concluem sobre a pertinência, ou não de considerar que a política externa do país, sobretudo nos últimos anos, tenha sido diretamente influenciada por questões ideológicas, seja à direita ou à esquerda..

“A iniciativa parte de um grupo de professores e alunos de pós-graduação do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP), centro de excelência em ensino e pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Além disso, o IESP nas Eleições conta com o suporte institucional de sete laboratórios da casa: DOXA, LEMEP, NECON, DECISO, LABMUNDO, NEAAPE e OPSA, todos com farta experiência acumulada”, explicam os integrantes do projeto.

Leia na íntegra o artigo: “Há Ideologização da Política Externa Brasileira?”