censura

‘Brasil não pode viver no obscurantismo que a imprensa de Minas viveu’, diz jornalista

Para o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas, Kerison Lopes, democracia não combina com Aécio Neves

divulgação

Durante gestão de Aécio em Minas, jornalistas que criticavam o governo eram perseguidos

São Paulo – O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, Kerison Lopes, em entrevista à Rádio Brasil Atual, falou hoje (23) sobre a censura que a mídia mineira sofreu a partir do governo de Aécio Neves (PSDB), em 2003. “O Aécio Neves não combina com democracia, o Brasil não pode viver no obscurantismo da imprensa que Minas viveu”, disse.

“Qualquer matéria contra o governo, o jornalista era imediatamente perseguido, demitido, principalmente pela Andrea Neves, irmã do Aécio Neves, que coordenou a parte de comunicação do estado”, denuncia. Aécio foi governador de Minas Gerais de 2003 a 2010, ano em que abandonou o cargo para concorrer ao Senado e Antonio Anastasia, também tucano, assumiu o governo.

Com a eleição de Fernando Pimentel (PT), no primeiro turno, o sindicato acredita que a mídia voltará a ser democrática. Este ano foi a primeira vez que um petista foi eleito para o governo de Minas. “A campanha eleitoral da oposição ao Aécio, por meio da TV, rádio e outros meios pode mostrar, e a população de Minas reconheceu a situação complicada que está o estado”, avaliou Kerison.

O dirigente disse que a primeira parte de censura foi a dominação de todos os grandes meios de comunicação mineira. Quando um jornalista era “cassado” por escrever matérias que denunciavam esquemas de corrupção ou precariedades nas políticas públicas da gestão tucana, o profissional não conseguia achar emprego em outra redação.

Ouça a entrevista completa na Rádio Brasil Atual:

Leia também

Últimas notícias