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Atividades policiais suspeitas intimidam estudantes em escola ocupada em Perus

Sem ordem judicial, Polícia Científica tenta entrar em ocupação na zona oeste e faz imagens para registrar supostos danos ao patrimônio

RBA

Policiais tentam entrar em escola ocupada, sem ordem judicial, com pretexto de periciar danos eventuais

São Paulo – Uma viatura da Polícia Científica esteve na manhã de hoje (1º) na Escola Estadual Gavião Peixoto, em Perus, zona oeste da capital. De acordo com um dos dois oficiais, um deles com uma máquina fotográfica, que fez algumas imagens, estavam ali por ordem do delegado de polícia da região.

A ordem, sem mandado algum assinado por juiz, era averiguar danos ao patrimônio público, conforme denúncia recebida. Eles insistiram para entrar na escola ocupada e pediram nomes e documentos de estudantes. Os alunos, porém, não abriram o portão da escola. Depois de alguma insistência, e sem serem atendidos, os policiais foram embora.

Silvana Marques, moradora de Perus e professora da rede municipal que diariamente vai ao portão da ocupação em apoio aos estudantes, questionou a presença dos agentes. “Eles disseram que não estavam ali para fazerem reintegração e nem fazer prisões, apenas conferir danos ao patrimônio”, disse a professora, que questionou ainda as razões de não vir a Polícia Científica acompanhada da Polícia Militar.

Os estudantes e outros professores, do lado de fora da ocupação, chegaram a sugerir que os danos ao patrimônio da escola podem ser a quadra, desativada há anos, sem condições de uso, ou os banheiros, que foram lavados recentemente, desde que a escola foi ocupada.

No último final de semana, três alunos da ocupação foram levados por policiais para o batalhão da Polícia Militar, em Perus, onde foram agredidos. Na ocupação, o medo é grande. Integrantes do conselho tutelar estiveram ontem na escola ocupada.

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