São Paulo – As vendas no comércio varejista caíram 1,5% de dezembro para janeiro, enquanto a receita variou 0,1%, segundo o IBGE, que divulgou os resultados na manhã de hoje (10). Na comparação com janeiro do ano passado, a retração foi de 10,3%, a décima seguida e a maior desde março de 2003. Em 12 meses, o volume de vendas recua 5,2%, “a perda mais intensa da série histórica, iniciada em 2001, e manteve a trajetória descendente observada a partir de julho de 2014 (4,3%)”. Já a receita nominal teve variação de 1% ante janeiro de 2015 e de 2,8% em 12 meses.

Quando se considerada o comércio varejista ampliado, que inclui veículos/motos e material de construção, as vendas caem 1,6% de dezembro para janeiro, 13,3% ante janeiro do ano passado e 9,3% em 12 meses.

Ainda em relação a janeiro de 2015, as oito atividades pesquisadas tiveram variação negativa. Em móveis e eletrodomésticos, a queda foi de 24,3% e em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumos, de 5,8%. No primeiro caso, segundo o IBGE, a atividade exerceu o maior impacto negativo.

“Com uma dinâmica de vendas associada à disponibilidade de crédito, os resultados do setor, abaixo da média geral, foram influenciados principalmente pela elevação da taxa de juros , além da redução renda real das famílias”, diz o instituto, informando que em 12 meses a retração é de 15,9%.

Em hipermercados/supermercados, a queda acumulada em 12 meses atinge 3%. O IBGE atribuiu o resultado negativo à redução da massa de rendimentos e ao aumento de preços dos alimentos.

No varejo ampliado, as vendas de veículos e motos, partes e peças caem 18,9% ante janeiro do ano passado e 18% em 12 meses.