Taxa de desemprego volta a cair em julho, aponta Dieese

Nos últimos 12 meses, as sete regiões pesquisadas pelo Dieese e pela Fundação Seade têm 491 mil desempregados a menos e 766 mil ocupados a mais, sendo 677 mil com carteira assinada; taxa de SP foi a menor para o mês desde 1991

Taxa de ocupação na indústria contribuiu para mais uma baixa do desemprego (Foto: Miguel Angelo/CNI/Arquivo)

São Paulo – A taxa média de desemprego nas sete regiões metropolitanas pesquisadas pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados, de São Paulo) e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) recuou para 12,4% em julho, ante 12,7% no mês anterior e 14,8% em julho do ano passado.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (25). De um mês para o outro, são 49 mil ocupados a mais e 66 mil desempregados a menos. Em 12 meses, as sete regiões têm 766 mil ocupados a mais, sendo 677 mil com carteira assinada, e 491 mil desempregados a menos. Em São Paulo, a taxa de julho (12,6%) foi a menor para o mês desde 1991 (12,5%).

Segundo a pesquisa, a taxa de julho nas sete regiões (Belo Horizonte, Distrito Federal, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo) foi resultado da criação de 49 mil ocupações (ligeiro crescimento, de 0,3%) e da saída, simultaneamente, de 18 mil pessoas da População Economicamente Ativa (PEA, praticamente estável, com variação de -0,1%). Com isso, o número de desempregados caiu em 66 mil, e foi estimado em 2,729 milhões. O total de ocupados foi estimado em 19,277 milhões e a PEA, em 22,005 milhões.

De um mês para o outro, a taxa recuou em seis das sete regiões. A exceção foi Salvador (de 16,7% para 16,9%). A menor foi registrada em Belo Horizonte (8,3%) e a mais alta, em Recife (17,2%). Na comparação anual, todas caíram.

Entre os setores, a indústria criou 20 mil vagas em julho (variação de 0,7%) e 259 mil em 12 meses (9,5%). O setor de serviços abriu 37 mil ocupações (0,4%) de junho para julho e 386 mil em 12 meses (3,9%). A construção civil foi responsável pela abertura de 38 mil postos de trabalho no mês (3,1%) e 141 mil em 12 meses (12,5%, a maior alta percentual). Já o comércio fechou 17 mil vagas em julho (-0,5%), mas registra a criação de 52 mil em 12 meses (1,7%).

O emprego com carteira assinada continua crescendo, embora tenha tido pequena variação de junho para julho, com 18 mil ocupações criadas (0,2%). Em 12 meses, são 677 mil a mais (8,1%). O total de assalariados sem carteira caiu 1% no mês (menos 19 mil vagas) e cresceu 2,9% em 12 meses (56 mil).

Em relação ao rendimento médio dos ocupados, estimado em R$ 1.265, houve alta de 0,5% de maio para junho (nesse item, a pesquisa tem defasagem de um mês). Em relação a junho de 2009, o rendimento cresceu 3,2%.

São Paulo

Na maior região metropolitana, a taxa de desemprego (12,6%) recuou pelo segundo mês seguido, em movimento típico para o período, segundo o Seade e o Dieese. A ocupação ficou estável no mês, enquanto o total de desempregados caiu em 37 mil (-2,7%), para 1,346 milhão. Apesar de não terem sido criadas vagas, a taxa e o número de desempregados recuaram porque 38 mil pessoas deixaram a PEA (queda de -0,4%). A taxa ficou estável na capital (de 11,8% em junho para 12%), caindo na região do ABC (de 12,5% para 12,1%) e principalmente nos demais municípios da região metropolitana (de 14,6% para 13,6%).

Em 12 meses, a região tem 126 mil pessoas a mais na PEA (1,2%), 342 mil ocupados a mais (3,8%) e 216 mil desempregados a menos (-13,8%). O total de assalariados com carteira assinada ficou estável no mês e cresceu 6,3% em 12 meses (277 mil a mais). Já o número de trabalhadores sem carteira caiu 2,7% no mês (29 mil a menos) e cresceu 3,8% em 12 meses (39 mil a mais).

O rendimento médio dos ocupados (R$ 1.320) ficou estável de maio para junho e aumentou 2% ante junho de 2009.

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