Emprego

Setor bancário fecha primeiro semestre com 3.700 vagas a menos

Mais uma vez, resultado não foi pior devido a contratações na Caixa Econômica Federal. Salário de quem foi admitido no período é menor que o dos demitidos

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Salário médio de quem foi contratado (R$ 3.283,30) é menor que a remuneração dos demitidos no semestre (R$ 5.208,94)

São Paulo – O setor bancário fechou o primeiro semestre cortando 3.746 postos de trabalho, segundo levantamento do Dieese divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Foram 16.713 contratações e 20.459 demissões no período. O Caged abrange empregos com carteira assinada.

O saldo negativo não foi maior devido às contratações (1.649) da Caixa Econômica Federal. O segmento que reúne as maiores instituições (Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, HSBC e Banco do Brasil) fechou 5.331 vagas.

De acordo com o levantamento, houve queda no emprego em 20 estados, com destaque para São Paulo (menos 1.612 postos de trabalho), Rio Grande do Sul (menos 608), Rio de Janeiro (menos 436) e Minas Gerais (menos 395). O maior saldo positivo foi registrado no Pará, com 142 vagas a mais.

As contratações ficaram praticamente divididas entre homens (8.420) e mulheres (8.293). Dos demitidos, 10.554 eram homens e 9.905, mulheres.

O salário médio de quem foi contratado (R$ 3.283,30) é menor que a remuneração dos demitidos no primeiro semestre (R$ 5.208,94). Entre os admitidos, o salário das mulheres (R$ 2.805,40) corresponde a 74,7% do recebido pelos homens (R$ 3.753,98).