Atividade

Produção industrial se recupera parcialmente em janeiro

Mas taxas acumuladas ainda mostram desempenho ruim. Na comparação com igual mês de 2014, atividade cai 5,2%, na 11ª queda seguida, influenciada pelo segmento de veículos automotores, entre outros

© marília lima / agrossect / reprodução

Produção industrial de alimentos contribuiu com maior parcela da recuperação da atividade em janeiro

São Paulo – A produção industrial brasileira cresceu 2% de dezembro para janeiro, depois de duas quedas mensais seguidas, e mostrou recuperação parcial, segundo o IBGE, que divulgou os dados na manhã de hoje (4). Ma o instituto lembra que o setor “ainda encontra-se 8,9% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013”. Na comparação com janeiro do ano passado, a atividade tem queda de 5,2%, a 11ª seguida. Em 12 meses, o recuo é de 3,5%, o que mantém trajetória descendente iniciada em março do ano passado e com o resultado negativo mais intenso desde janeiro de 2010 (-4,8%).

De acordo com o IBGE, a alta de 2% no mês foi consequência de resultados positivos em duas das quatro categorias pesquisadas e em 13 dos 24 ramos. O principal impacto positivo foi do setor de produtos alimentícios, que teve expansão de 3,9%, “eliminando parte da perda de 4,5% acumulada nos meses de novembro e dezembro últimos”. A atividade de máquinas e equipamentos avançou 7,6% e interrompeu quatro meses seguidos de queda, período em que acumulou retração de 12%.

Em relação a janeiro de 2014, o IBGE aponta um “perfil generalizado de resultados negativos”, que atingiu as quatro categorias econômicas, 20 dos 26 ramos, 60 dos 79 grupos e 65,6% dos 805 produtos pesquisados. A principal influência negativa veio da atividade de veículos automotores, reboques e carrocerias (-18,2%), “pressionada pela redução na produção de aproximadamente 81% dos produtos investigados no setor, especialmente automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, carrocerias para caminhões, reboques e semirreboques e autopeças”.

O segmento de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis recuou 6,1% e o de máquinas e equipamentos, 10,9%.