São Paulo – Após dois meses de expansão, quando cresceu 2,6%, a produção industrial brasileira recuou 2% de abril para maio, segundo informou hoje (2) o IBGE. Na comparação com maio do ano passado, a atividade aumentou 1,4%, na segunda taxa positiva seguida, embora bem menos intensa que a do mês anterior (8,4%). A produção sobe 1,7% no ano e recua 0,5% em 12 meses, mostrando nesse caso, diz o instituto, “clara redução no ritmo de queda frente às marcas registradas em março (-2,0%) e abril (-1,0%)”.

Segundo o IBGE, a retração foi generalizada em maio, atingindo 20 dos 27 ramos pesquisados e as quatro categorias de uso. “Vale ressaltar que a queda observada nesse mês para o total da indústria, além de eliminar parte importante do avanço de 2,6% acumulados nos meses de março e abril, é a mais elevada desde fevereiro último (-2,3%).” Entre as categorias, bens de capital cresceu 13,3% no ano, “sinalizando ampliação dos investimentos”, enquanto bens de consumo duráveis teve ampliação de 4,6%, “impulsionado em grande parte pela maior produção de automóveis”.

Dos ramos, na variação de abril para maio, o IBGE destaca alimentos (-4,4%), máquinas e equipamentos (-5%) e veículos automotores (-2,9%). O segmento de alimentos eliminou o avanço de 4,3% registrado em abril, enquanto o segundo teve a primeira taxa negativa desde dezembro – nesse período, acumulou alta de 20,7%. Já o segmento automobilístico interrompeu dois meses de crescimento, que chegou a 15,1%. Entre as atividades que aumentaram a produção em maio, estão bebidas (4,8%), “que recuperou parte da perde de 5,9% assinalada no mês anterior”, refino de petróleo e produção de álcool (1,6%) e metalurgia básica (1,1%).

Na comparação com maio do ano passado, 12 das 27 atividades tiveram expansão – o instituto lembra que este ano o mês teve um dia útil a menos. Veículos automotores cresceu 11,7% e exerceu a maior influência positiva, “impulsionado pelo crescimento de aproximadamente 70% dos produtos investigados no setor”. Refino de petróleo e produção de álcool subiu 12,2% e máquinas e equipamentos, 7,5%. Das atividades com produção menor, se destacam indústrias extrativas (-9,1%), produtos de metal (-9,1%), edição, impressão e reprodução de gravações (-5,4%), farmacêutica (-4,3%) e produtos têxteis (-4,5%).

Nos primeiros cinco meses do ano, crescem três das quatro categorias, 12 dos 27 ramos, 45 dos 76 subsetores e 49,8% dos 755 produtos pesquisados. Veículos automotores registra alta de 14,3%, refino de petróleo e produção de álcool sobe 9,2% e máquinas e equipamentos, 4,2%.