Custo da alimentação

Preços da cesta básica em março aumentaram em 10 e caíram em sete capitais

Trabalhador que ganha salário mínimo comprometeu 53% da renda. Há um ano, 55%

Reprodução/Montagem RBA
Reprodução/Montagem RBA

São Paulo – Os preços médios da cesta básica, em março, subiram em 10 capitais e caíram em sete, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (4) pelo Dieese. No trimestre e em relação a igual período de 2023, o instituto apurou alta em todas as cidades.

Assim, de fevereiro para março, os principais aumentos foram registrados em capitais do Nordeste: Recife (5,81%), Fortaleza (5,66%), Natal (4,49%) e Aracaju (3,90%). As reduções consideradas mais expressivas foram observadas no Rio de Janeiro (-2,47%), em Porto Alegre (-2,43%), Campo Grande (-2,43%) e Belo Horizonte (-2,06%). No primeiro trimestre de 2024, a cesta sobe 10,58% em Salvador e 10,06% em Recife.

Salário mínimo

Segundo a pesquisa, a cesta mais cara é a de São Paulo: R$ 813,26. E a de menor custo, a de Aracaju (R$ 555,22). A composição nas cidades do Norte e do Nordeste é diferente.

Dessa forma, com base na cesta mais cara de março, o Dieese calculou em R$ 6.832,20 o salário mínimo para as despesas básicas do trabalhador e sua família (quatro pessoas). Esse valor corresponde a 4,84 vezes o mínimo oficial (R$ 1.412,00). A proporção caiu tanto em relação a fevereiro (4,95 vezes) como ante março do ano passado (5,05).

Cesta x renda

Ainda segundo o Dieese, o tempo médio para adquirir os produtos da cesta básica foi de 108 horas e 26 minutos. Maior que o de fevereiro (107 horas e 38 minutos) e menor que há um ano (112 horas e 53 minutos). O trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu 53,29% da renda líquida para comprar os produtos, ante 52,90% no mês anterior e 55,47% em março do ano passado.

Entre os itens pesquisados, o preço médio do óleo de soja caiu nas 17 capitais pesquisadas. O da batata também recuou nas cidades do Centro-Sul. Tanto o arroz como a carne bovina de primeira tiveram queda em 13 das 17 cidades. Do lado das altas, o preço da banana aumentou em 15, o do tomate em 14 e o do café em pó, em 12.


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