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Preços da cesta básica sobem na maioria das capitais em fevereiro. Mínimo ameniza impacto

Trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu 53% da renda líquida com os produtos. Há um ano, 56%

Reprodução/Montagem RBA
Reprodução/Montagem RBA

São Paulo – Os preços médios da cesta básica aumentaram, no mês passado, em 14 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (7). Na comparação com fevereiro de 2023, o instituto apurou alta em 12 cidades. Já no primeiro bimestre, houve aumento em 16 capitais – a exceção foi Fortaleza.

Assim, as principais elevações de fevereiro foram registradas no Rio de Janeiro (5,18%, somando 12,75% nos primeiros dois meses do ano), em São Paulo (1,89%) e Salvador (1,86%). As três reduções ocorreram em Florianópolis (-2,12%), Goiânia (-0,41%) e Brasília (-0,08%).

O Rio também foi a capital com o maior custo: R$ 832,80. O menor foi apurado em Aracaju (R$ 534,40). A composição da cesta é diferente nas cidades do Norte e do Nordeste.

Salário mínimo

Dessa forma, com base na cesta básica mais cara de fevereiro (Rio), o Dieese calculou em R$ 6.996,36 o salário mínimo necessário para as despesas básicas de uma família com quatro integrantes. O valor corresponde a 4,95 vezes o piso oficial (R$ 1.412). Esse proporção era de 4,76 vezes em janeiro e de 5,03 vezes há um ano.

Em fevereiro, o tempo médio para adquirir os produtos da cesta foi de 107 horas e 38 minutos, mais do que em janeiro (106 horas e 30 minutos) e menos do que um ano atrás (114 horas e 38 minutos). Além disso, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu 52,90% de sua renda líquida, ante 52,33% no mês anterior e 56,33% em fevereiro de 2023.

Entre os produtos, o preço do óleo de soja caiu em 15 das 17 capitais pesquisadas. Já o custo do feijão aumentou em todas e o da banana, em 16 cidades. Também houve predominância de alta do arroz (14 capitais), manteiga (14) e pão francês (13).