Planejamento

PAC 2 completa três anos com investimentos de R$ 773,4 bilhões e 82,3% das ações

Governo destaca a construção ou ampliação de 15.638 Unidades Básicas de Saúde, com investimentos de R$ 3,9 bilhões, para atender a 4.311 municípios

Divulgação

Usina hidrelétrica de Jirau, em operação no estado de Rondônia, gera 3.750 megawatts

São Paulo – O Ministério do Planejamento divulgou hoje (18) o balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que completa três anos, destacando seu “desempenho robusto”, com R$ 773,4 bilhões de investimentos executados e gastos.  Entre os vários eixos, para o “Comunidade Cidadã”, que envolve áreas sociais da saúde, educação, esporte, cultura e lazer, o ministério diz que foram contratadas a construção ou ampliação de 15.638 Unidades Básicas de Saúde, com investimentos de R$ 3,9 bilhões, para atender a 4.311 municípios em todo o país. Segundo o governo, um terço das unidades está em obras e 1.404 foram concluídas. Também foram contratadas 503 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que oferecerão serviços de saúde a 59 milhões de pessoas, ao custo de R$ 1 bilhão.

Até dezembro de 2013, o PAC 2 concluiu R$ 583 bilhões em obras, o que equivale a 82,3% das ações previstas para o período 2011-2014, resultado 19,4% superior ao último balanço, divulgado em outubro passado, quando o volume de obras concluídas era de R$ 488,1 bilhões.

No Minha Casa Minha Vida 2 foram contratadas 2,24 milhões de unidades entre 2011 e dezembro de 2013. Até o final de 2014 o governo promete mais 500 mil moradias no país. Desde o início, em 2009, o programa contratou mais de 3,2 milhões de moradias e entregou 1,51 milhão de unidades, beneficiando cerca de 5 milhões de pessoas.

Outro eixo destacado pelo ministério é o de energia, no qual as ações concluídas chegaram a R$ 196,8 bilhões, proporcionando a entrada de 10.200 megawatts no parque gerador brasileiro. As usinas hidrelétricas de Jirau (3.750 MW) e Santo Antônio (3.150 MW), ambas em Rondônia, estão em operação. Outras usinas são Simplício (333 MW), entre Rio de Janeiro e Minas Gerais, Garibaldi (189 MW), em Santa Catarina, e Mauá (361 MW), no Paraná. Foram concluídas 31 linhas de transmissão, chegando a 9.828 quilômetros de extensão e 32 subestações, ampliando a capacidade de levar a energia aos mercados consumidores.

O PAC 2 finalizou mais de 3.080 quilômetros de rodovias, entre elas a BR-448 (RS), por desafogar o trânsito na região metropolitana de Porto Alegre, e a BR-324 (BA), a Via Expressa Baía de Todos os Santos, que reduz o conflito entre o tráfego urbano e de cargas com destino ao Porto de Salvador.

Em infraestrutura portuária, o PAC 2 concluiu o Terminal Marítimo de Passageiros de Recife (PE) e a primeira fase da Avenida Perimetral Portuária – Margem Esquerda do Porto de Santos e ampliou o cais comercial do Porto de Vitória (ES). A capacidade dos aeroportos brasileiros aumentou em 15 milhões de passageiros por ano.

Conjuntura

O Ministério do Planejamento diz que em 2013 a economia brasileira apresentou recuperação frente a 2012 e que o crescimento do PIB acumulado em quatro trimestres passou de 1% em 2012 para 2,3% no terceiro trimestre de 2013, o que, segundo a análise, faz com que os investimentos voltem “a liderar o crescimento do PIB”.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que participou da apresentação do balanço, afirmou que o mundo passa por “um momento doloroso”, mas garantiu que o Brasil está bem posicionado para uma transição entre a crise global que começou em 2008 e o crescimento da economia mundial, que, segundo ele, está em recuperação. Ele disse esperar crescimento do PIB mundial em aproximadamente 2%, com a Europa ainda abaixo disso. Afirmou ainda que economia americana tem se recuperado e a China deve manter taxa de crescimento próximo a 7%.