Reestruturação

Metalúrgicos da Volks em Taubaté preparam ‘transição’ do último Gol para novo Polo

Trabalhadores da unidade do interior paulista, após acordo que resultou em 173 contratações, já operam em implementação de nova plataforma

Volkswagen do Brasil/Divulgação
Volkswagen do Brasil/Divulgação
Sindicato dos Metalúrgicos ressalta que mudanças só foram possíveis por meio de acordos coletivos negociados

São Paulo – A Volkswagen prepara para a produção das últimas unidades do Gol, modelo que permaneceu no mercado brasileiro durante mais de 40 anos. Por isso, vai produzir uma edição limitada chamada justamente de Last Edition. No lugar, a montadora lança o Polo Track. Assim, o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, no Vale do Paraíba, interior paulista, informa estar pronto para a “transição” na fábrica com nova plataforma e contratação de 173 funcionários, sendo 23 via Senai. A entidade lembra que tanto as vagas como os produtos resultam de acordos coletivos negociados entre sindicato e a Volks em Taubaté.

“A fábrica de Taubaté passou por um processo de modernização nas instalações, dentro do pacote de R$ 7 bilhões de investimento previsto pela Volks para a América Latina até 2026. Cerca de 80 novos robôs foram adquiridos, aumentando em 33% a capacidade de produção”, diz o sindicato. Novos equipamentos de laser farão com que a unidade se torne a única capaz de soldar peças de diferentes matérias-primas. “Na montagem, a principal mudança ocorreu na ampliação e adaptação do local onde é feita a união de motor, transmissão e suspensão com a carroceria”, afirmam ainda os metalúrgicos de Taubaté.

Assim, com a chamada plataforma MQB, a fábrica poderá produzir qualquer novo modelo, após 40 mil horas de treinamento. Estão previstas outras 100 vagas, até 2025, pelo programa Jovem Aprendiz, do Senai. Hoje, a fábrica tem aproximadamente 3 mil funcionários.

Novas contratações

“As expectativas são grandes no sentido de novas contratações e de que essa fábrica se consolide como uma fábrica de extrema importância no grupo Volkswagen”, afirma o presidente do sindicato, Cláudio Batista, o Claudião. Ele ressalta ainda o efeito positivo na cadeia produtiva, incluindo fabricantes de autopeças e fornecedores.

Além disso, a empresa tenta normalizar o estoque de componentes, principalmente semicondutores, um problema que atingiu toda a indústria automobilística ao logo do ano. “Isso permitiu o recente retorno de 775 trabalhadores e trabalhadoras à produção”, informa o Sindicato dos Metalúrgicos. Eles ficaram dois meses em lay-off (suspensão dos contratos), retornando em 1º de novembro. Agora, há 25 empregados nessa situação.


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