São Paulo – O pagamento do 13º salário aos trabalhadores na base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC representa R$ 433,5 milhões em recursos na economia da região. A estimativa é da subseção do Dieese na entidade. O valor corresponde a 10,7% do total previsto para este ano, embora os metalúrgicos representem 5,5% dos trabalhadores que receberão algum tipo de abono.

A base é formada por aproximadamente 69 mil trabalhadores com vínculos em empresas nas cidades de São Bernardo do Campo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. O Dieese utiliza dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego. O rendimento médio é de R$ 6.276,03.

O presidente do sindicato, Moisés Selerges, lembra a importância da preservação dos direitos dos trabalhadores para a retomada da economia. “Esses números demonstram que o trabalhador com dinheiro no bolso potencializa a economia da região e a geração de empregos. A roda da economia volta a girar!”, enfatiza. “É a confirmação também da importância da preservação dos direitos trabalhistas para a economia do país como um todo”, acrescenta.

Em todo o país, R$ 291 bi

Além disso, os metalúrgicos do ABC detêm 8,6% dos empregos, mas respondem por 15,3% do montante pago aos trabalhadores com carteira assinada na região. Em relação aos demais empregados da indústria de transformação, a categoria é responsável por 45,9% do 13º salário.

Considerados todos os setores da economia, o Dieese estima que o 13º representa acréscimo de R$ 4 bilhões, sendo R$ 2,8 bilhão dos trabalhadores com registro em carteira e R$ 1,2 bilhão de aposentados e pensionistas da Previdência Social. “O Grande ABC contribui com cerca de 1,4% de todo 13º salário pago no país, estimado em R$ 291 bilhões.”