Caged

Mercado fecha 119 mil vagas formais em março e 1,8 milhão em 12 meses

Foi o pior resultado para o mês desde o início da série, em 1992. Indústria, comércio, construção, serviços e agropecuária tiveram retração. Em 12 meses, indústria corta 700 mil empregos

arquivo/ABr

Indústria de transformação e construção civil foram setores que mais fecharam vagas nos últimos 12 meses

São Paulo – O mercado formal de trabalho teve mais um resultado negativo em março, com a eliminação de 118.776 vagas (-0,30%), segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (22) pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social. Foi o pior resultado da série histórica, iniciada em 1992. No ano, foram perdidos 319.150 empregos com carteira assinada (-0,80%), queda que se amplia para 1.853.076 (-4,49%) no período de 12 meses. Agora, o estoque no país é de 39.373.900 trabalhadores contratados sob regime da CLT.

Sete dos oito setores de atividade econômica tiveram resultado negativo no mês passado. A exceção foi administração pública, com acréscimo de 4.335 vagas formais (crescimento de 0,48%). A indústria de transformação fechou 24.856 postos de trabalho (-0,33%) e a construção civil, 24.184 (-0,92%). Foram eliminados ainda 18.654 empregos no setor de serviços (-0,11%) e 12.131 na agropecuária (-0,78%).

No acumulado em 12 meses, período em que o país teve 16,473 milhões de contratações e 18,326 milhões de demissões, apenas a agropecuária mostra uma pequena expansão, de 3.732 vagas com carteira (0,24%). Na indústria, são 700.449 postos de trabalho eliminados (-8,49%) e nos serviços, 440.802 (-2,52%). A maior retração percentual, de 13,48%, é da construção civil, que fechou 408.192 empregos formais. O comércio cortou 270.905 (-2,91%) e a administração pública, 13.491 (queda de 1,47%).

Ente as unidades da federação, também em 12 meses, apenas Roraima não fechou postos de trabalho, com saldo de 149 (0,29%). São Paulo, por exemplo, eliminou 567.856 vagas, retração de 4,44%.