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Mais uma agência de risco eleva a nota do Brasil com o governo Lula

A Fitch elevou a nota de crédito do Brasil, com perspectiva estável. O país havia sido rebaixado em 2018. Em junho, a S&P alterou de “estável” para “positiva”

Ricardo Stuckert/PR
Ricardo Stuckert/PR
Presidente Lula em reunião com o ministro da Fazenda Fernando Haddad para discutir o arcabouço fiscal

São Paulo – O aumento da confiança de investidores no Brasil foi confirmada pela agência de classificação de risco Fitch, que elevou a nota de crédito de BB- para BB, e com perspectiva de estabilidade. O país havia sido rebaixado em 2018. Na época, a agência atribuiu a classificação negativa a problemas nas contas públicas. Agora, afirma esperar que as novas regras fiscais e medidas tributárias do governo Lula ancorem uma consolidação gradual da melhora da avaliação. A Fitch ainda projeta que a dívida/PIB aumente, mas em ritmo mais lento e a partir de um ponto de partida muito melhor do que o previsto anteriormente.

Essa nova classificação indica um “grau especulativo”. Ou seja, que o Brasil está menos vulnerável ao risco no curto prazo, embora ainda enfrente incertezas em relação a condições financeiras e econômicas adversas.

Segundo comunicado da Fitch, “a atualização do Brasil reflete um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado em meio a sucessivos choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso. E a expectativa da Fitch de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais”.

Progresso em importantes reformas

Isso significa que há indicadores de que o Brasil alcançou progresso em importantes reformas para enfrentar os desafios econômicos e fiscais desde seu último rebaixamento. E que, para a agência, mesmo que o governo Lula defenda “um afastamento da agenda econômica liberal dos governos anteriores”, a expectativa é que o “pragmatismo e pelos freios e contrapesos institucionais” contenham o que chama de “devios”.

Agências como a Fitch têm escala de classificação com mais 20 notas para o grau de investimento, que incluem a eficiência, confiabilidade, robustez e menor risco na economia. Ou seja, é uma espécie de certificado de garantia de menor risco de calote para os investidores.

Em junho, a agência Standard & Poor’s (S&P) alterou de “estável” para “positiva” a perspectiva para a economia do Brasil. A S&P decidiu manter a nota de crédito soberana do país em BB-, mas a melhora na perspectiva não ocorria desde 2019. De acordo com o relatório publicado nesta quarta-feira (14), há sinais de “maior certeza” sobre as políticas fiscal e monetária, que podem beneficiar o crescimento do país.

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Redação: Cida de Oliveira