ICV

Com pressão menor dos alimentos, inflação em São Paulo perde força

Segundo o Dieese, caíram os preços de itens in natura e aumentaram os produtos industrializados e as refeições fora de casa

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As refeições fora de casa tiveram alta de 0,66%

São Paulo – A inflação na cidade de São Paulo, calculada pelo Dieese, teve variação de 0,14% em maio, abaixo do mês anterior (0,57%) e de maio do ano passado (0,61%). O Índice do Custo de Vida (ICV) está acumulado em 4,13% no ano e em 6,55% em 12 meses, saindo da faixa dos 7% em que se encontrava no mês anterior. O índice aumenta conforme cresce o poder aquisitivo: 6,05% no primeiro estrato (famílias de menor renda), 6,32% no segundo (intermediário) e 6,78% no terceiro.

Os preços do grupo Alimentação, que representa mais de 30% do ICV, recuaram em maio, para 0,25%, ante 1,18% no mês anterior. Caíram os alimentos in natura e semielaborados (-0,43%) e aumentaram os produtos da indústria da alimentação (0,93%) e fora do domicílio (0,66%).

Segundo o Dieese, o comportamento dos preços foi diferenciado. Os legumes subiram 9,38%, puxados pelo tomate (20,47%). Caíram os preços do chuchu (-8,21%), pepino (-7,94%), abobrinha (-5,82%) e berinjela (-0,26%). Nos grãos, a variação foi de 0,54%, com alta de 1,21% no feijão e de 0,27% no arroz. Os preços de carnes aumentaram 0,15%, mais da suína (1,13%) do que da bovina (0,10%). Já as frutas tiveram queda de 3,68%, com destaque para abacate (-8,78%), laranja (-7,56%), manga (-3,87%), abacaxi (-3,59%) e banana (-0,03%).

As hortaliças caíram 3,84% e raízes e tubérculos, 4,20%. Entre as principais retrações, estão a batata (-9,16%) e a beterraba (-5,66%). A cebola aumentou 4,10%.

Entre os produtos industrializados, o Dieese apurou alta dos preços de café em pó (3,20%), óleos (2,73%), leite longa vida (2,51%), leite em pó (1,93%) e carnes (1,17%). Na alimentação fora do domicílio, as refeições principais tiveram aumento de 0,68%) e os lanches matinais e vespertinos, de 0,63%.

O grupo Saúde teve variação de 0,37%, com aumento nos medicamentos e produtos farmacêuticos (0,13%) e na assistência médica (0,42%). De acordo com o instituto, nesse último caso a alta foi consequência de aumentos de exames laboratoriais (0,81%), seguros e convênios (0,46%) e consultas médicas (0,25%).

Em Transporte (-0,30%), o preço do álcool caiu 2,83% e o da gasolina, -0,05%.