Dutra defende pressão sobre a Petrobras para compra de equipamentos nacionais

O presidente do PT, José Eduardo Dutra (Foto: Paulino Menezes/Divulgação) São Paulo – O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, declarou que um eventual governo de Dilma Rousseff, candidata […]

O presidente do PT, José Eduardo Dutra (Foto: Paulino Menezes/Divulgação)

São Paulo – O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, declarou que um eventual governo de Dilma Rousseff, candidata da legenda à Presidência da República, pressionaria a Petrobras a aumentar a proporção de equipamentos e serviços adquiridos no Brasil.

“É a política deste governo (Lula) e será a do próximo, já que é possível fabricar tudo no Brasil”, afirmou à Reuters. Críticos da oposição consideram que essa medida inflacionaria custos e atrapalharia a competitividade. Atualmente, em algumas áreas, 60% dos contratos são preenchidos por fornecedores locais.

Ainda na entrevista, Dutra não descartou a possibilidade de um governo Dilma taxar exportações sobre minérios como meio de fornecer incentivos para indústrias de bens manufaturados. Mas insistiu que isso ocorreria apenas após prévia consulta ao setor e não por decreto. “Há casos nos quais a taxação pode gerar efeitos e casos onde não”, disse Dutra.

Questionado sobre cortes no orçamento, o presidente do PT afirmou que um eventual governo Dilma poderia adotar reduções de gastos para cumprir metas fiscais. “O governo Lula fez isso no primeiro ano e o governo Dilma também vai fazer (se necessário)”, garantiu Dutra. “Disciplina fiscal não é só uma propaganda eleitoral. É um princípio que será mantido”, prometeu.

Dilma lidera com folga as pesquisas de intenção de voto, tendo como principal adversário o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB). Segundo a oposição e setores conservadores da sociedade, a disciplina fiscal da União foi afrouxada a partir de 2008, quando o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou medidas para combater a crise financeira global.

O último dado disponível mostrou um superávit primário do setor público equivalente a 2,07%do Produto Interno Bruto nos 12 meses encerrados em junho. A meta para 2010 é um superávit de 3,3 por cento do PIB.

Com informações da Reuters