Crédito imobiliário bate recorde em 2011

Após avanço de 42%, crescimento da modalidade em 2012 deve ficar em 30%, segundo associação

São Paulo – O volume de empréstimos para construção e a compra de imóveis cresceu 42% em 2011 em relação ao ano anterior. Apesar do desempenho da economia ter sido mais fraco do que em 2010, a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) aponta, em estudo divulgado nesta quinta-feira (26), que o volume de financiamentos alcançou R$ 79,9 bilhões. O número de unidades adquiridas foi de 493 mil, 17% a mais.

Segundo Octávio de Lazari, presidente da Abecip, 2012 manterá crescimento, mas em ritmo mais lento. Mesmo assim, a previsão de avanços de 30% sugere que o volume alcance a marca de R$ 103,9 bilhões. O mais importante, segundo ele, é assegurar uma evolução sustentada e contínua.

A Abecip tem, como associados, além dos principais bancos do país, empresas que trabalham com hipotecas e com empréstimo sem captar recursos com poupança.

Atualmente, o crédito imobiliário corresponde ao equivalente a 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas produzidas no país em um ano. Com a perspectiva de crescimento, Lazari aposta que a fatia pode chegar a 10% nos próximos anos.

O cenário demandará, na visão da associação, a promoção de alternativas de captação de recursos. Atualmente, a principal fonte de dinheiro para se oferecer a quem quer comprar ou reformar a casa própria são depósitos em cadernetas de poupança.

O estudo não detalha o papel de agentes do setor no crescimento. Em balanço divulgado na quarta-feira (25), a Caixa Econômica Federal, principal operadora do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, anunciou ter autorizado a liberação R$ 4,38 bilhões em créditos imobiliários nos primeiros 20 dias de janeiro. O montante é 75% superior ao mesmo período de 2010. Do total da meta pretenddia para este ano (R$ 96 bilhões), R$ 41,3 bilhões serão para o programa, o que corresponde a 43% do total. Enquanto o levantamento da Abicip trata de recursos liberados, o dado divulgado pelo banco público inclui operações assinadas e autorizadas, ainda que não necessariamente pagas até agora.

Com informações da Agência Brasil