Mercado formal

Comércio sustenta emprego com carteira assinada em novembro

Saldo do Caged foi de 8.381 postos de trabalho, o resultado mais fraco para o mês desde 2008. Ministério lembra que havia expectativa de queda. Em 12 meses, saldo é de 430 mil

ddm / cc

São Paulo – O mercado formal criou 8.381 postos de trabalho em novembro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na tarde de hoje (18) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Foi o resultado mais fraco para o mês desde 2008 (-40.821), mas o MTE identificou alguma reação após a queda registrada em outubro. “O aumento do emprego em novembro, embora modesto, não confirmou a expectativa de queda para o mês, considerando que em outubro registrou-se uma redução de 30.283 empregos e que, em geral, o mês de novembro, segundo o Caged, apresenta um saldo menor do que o verificado em outubro”, diz o ministério, em nota. Para o MTE, o resultado de novembro indica um comportamento “atípico” no mês anterior.

No acumulado do ano, o saldo chega a 938.043 empregos com carteira assinada, uma expansão de 2,31%. Em 12 meses, foram criados 430.463 postos de trabalho formais, crescimento de 1,05%. Como historicamente os meses de dezembro têm redução de vagas, é possível estimar que o resultado de 2014 ficará entre 400 mil e 500 mil vagas. O MTE acredita que o dado de novembro, puxado por comércio e pela região Sul, pode resultar “um volume de desligamento em dezembro menor que o tradicionalmente registrado”.

Em novembro, o comércio sustentou o resultado, com saldo de 105.043 empregos com carteira (crescimento de 1,14%). O setor de serviços também contribuiu, com 29.526, perto da estabilidade (0,17%). Eliminaram postos de trabalho a indústria de transformação (43.700, -0,52%, com retração principalmente nas áreas química, têxtil e de produtos alimentícios), a construção civil (48.894, -1,55%) e a agropecuária (32.127, -1,96%), esta por fatores sazonais, como lembra o MTE, destacando a retração de empregos no cultivo da cana (em São Paulo) e da uva (em Pernambuco e na Bahia).

De janeiro a novembro, todos os setores têm resultado positivo. O maior número de vagas vem dos serviços (614.782, crescimento de 3,65%) e do comércio (191,533, alta de 2,08%). Percentualmente, o maior aumento é da agropecuária (4,05%), que abriu 63.276 empregos com carteira. A construção civil tem saldo de 25.452 (0,81%) e a administração pública, de 28.602 (3,15%). Com saldo de 7.990, a indústria fica praticamente estável (0,10%).

O estoque de empregos formais no país chega a 41,6 milhões.