Com alta em abril, IPCA-15 acumulado recua pela sétima vez seguida

Taxa em 12 meses (5,25%) é a menor desde setembro de 2010

São Paulo –  Prévia da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve alta de 0,43% em abril, acima do mês anterior (0,25%) e abaixo de abril do ano passado (0,77%). No ano, atingiu 1,87%, ante 3,14% em igual período de 2011. Em 12 meses, a taxa chega a 5,25%, também inferior aos 12 meses imediatamente anteriores (5,61%). Nessa base de comparação, o índice recua há sete meses seguidos e é o menor desde setembro de 2010 (4,57%). Os resultados foram divulgados hoje (24) pelo IBGE.

Os grupos Habitação (de 0,44% para 0,75%) e Despesas Pessoais (de 0,60% para 1,43%) responderam por 58% do índice geral no mês. Um impacto de 0,25 ponto percentual, de 0,11 e 0,14, respectivamente.

No caso da habitação, subiram o aluguel residencial (de 0,45%, em março, para 0,82%), o condomínio (de 0,48% para 1,01%), mão de obra para pequenos reparos (de 1,03% para 1,31%, artigos de limpeza (de 0,46% para 0,95%) e água e esgoto (de 0,19% para 1,60%). Nesse último caso, diz o instituto, a alta “foi decorrente do reajuste de 11,17% em Brasília, vigente desde 1º de março, além do aumento de 16,50% ocorrido em Curitiba a partir de 21 de março”.

Entre as despesas pessoais, subiram o cigarro (de zero para 5,56%), “cujos preços foram reajustados 25% em média a partir de 6 de abril”, e o custo com empregado doméstico (de 1,38% para 1,87%), no maior impacto individual do mês (0,07 ponto percentual). Também foram apuradas altas no preços de cabeleireiro (de 0,23% para 1,86%) e manicure (de 0,23% para 1,29%).

Os preços de alimentos também subiram, de 0,22% para 0,31%, pressionados principalmente pelas altas do feijão carioca (de 0,81% para 6,74%), pescados (de 1,67% para 3,73%), ovos (de 1,88% para 3,36%), óleo de soja (de 0,82% para 2,66%), refeição fora do domicílio (de 0,06% para 0,67%) e leite longa vida (de -0,15% para 0,45%). O item carnes caiu um pouco mais(de -1,57% para -1,59%), e  representou o maior impacto negativo (-0,04 ponto).

Entre as áreas pesquisadas (nove regiões metropolitanas, além de Brasília e Goiânia), a maior taxa foi a do Rio de Janeiro (0,65%), com influência do item empregado doméstico (7,37%) e a menor, a de Salvador (0,09%), com queda nos preços de alimentos consumidos no domicílio (-0,16%). O IPCA-15 atingiu 0,39% em Belo Horizonte, 0,43% em Porto Alegre e 0,36% em São Paulo.