Alimentos e transportes puxam nova alta do IPCA-15

Em 12 meses, índice acumula inflação de 6,44%

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia do IPCA, teve variação de 0,77% em abril, ante 0,60% em março e 0,48% em abril do ano passado. Com esse resultado, divulgado nesta quarta-feira (20) pelo IBGE, o índice acumula alta de 3,14% no ano (2,51% em igual período de 2010) e 6,44% em 12 meses, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,13%).

Dois grupos puxaram a alta: Alimentação e Bebidas (de 0,46% para 0,79%) e Transporte (de 1,11% para 1,45%). Juntos, responderam por 60% do índice total.

Em Transporte, os preços dos combustíveis subiram 5,26%, na maior contribuição individual do IPCA-15. A gasolina passou de 0,76% para 4,28% e o etanol, de 4,68% para 16,40%. O IBGE destacou ainda as tarifas dos ônibus urbanos (de 0,83% para 0,62%) e intermunicipais (de 1,94% para 0,87%), apesar da variação menor em relação ao mês anterior.

Em relação aos alimentos, o instituto destacou altas em vários itens, como cebola (de 3,67% para 22,56%), leite pausterizado (de -0,38% para 1,58%), batata-inglesa (de 9,66% para 10,05%%), feijão carioca(de -6,91% para 5,99%), pescados(de 0,08% para 2,91%), ovo (de 4,22% para 4,43%),  frango em pedaços (de 1,53% para 2,45%) e café moído (de 2,09% para 2,10%). Entre os produtos em queda, ainda que em ritmo menor, estão carnes (de -2,33 % para -0,43%) , açúcar refinado (-2,55% para -2,49%) e frutas (de 3,33% para -0,81%).

Já o grupo Habitação passou de 0,39%, em março, para 0,72%. As principais influências foram do aluguel residencial (de 0,40% para 0,76%) e do condomínio (de 0,60% para 0,99%). Com reajustes regionais, também houve contribuição de contas de água e esgoto e das tarifas de energia.

Os artigos de vestuário, que haviam caido 0,37% no mês anterior, tiveram alta de 1,46%, “refletindo a entrada da coleção da nova estação”, segundo o IBGE.

O maior índice regional em abril foi o de Curitiba (1,26%), devido aos reajustes de 13,64% nas passagens de ônibus urbanos e de 16% nas tarifas de água e agosto, ambos em março. O menor foi o de Brasília (0,42%). O IPCA-15 teve variação de 0,47% em Belém, 0,50% em Belo Horizonte, 0,76% em Fortaleza, 0,65% em Goiânia, 0,82% em Porto Alegre, 0,52% em Recife, 0,68% no Rio de Janeiro, 0,53% em Salvador e 0,94% em São Paulo.